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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

"Oppenheimer", de Christopher Nolan (2022)


INDICADO A
MELHOR FILME
MELHOR DIREÇÃO
MELHOR ATOR (CILLIAN MURPHY)
MELHOR ATOR COADJUVANTE (ROBERT DOWNEY JR.)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE (EMILY BLUNT)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
MELHOR FIGURINO
MELHOR CABELO E MAQUAIGEM
MELHOR TRILHA SONORA
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
MELHOR EDIÇÃO
MELHOR SOM
MELHOR FOTOGRAFIA


"Oppenheimer"
é o bom meio termo entre a costumeira narrativa intrincada, fragmentada, de Christopher Nolan, e um cinema mais convencional. Tinha curiosidade para ver como o diretor se sairia em uma proposta de retratar uma personalidade, um acontecimento histórico, e ao mesmo tempo encaixar esse tipo de abordagem a seu estilo de filmar, manipulador de tempo e sensações, do qual tinha certeza que ele não abandonaria, e o resultado é um trabalho bastante eficiente e convincente. É bem verdade que ele já  havia se aventurado em acontecimentos históricos no bom "Dunkirk",  mas lá, sem maior compromisso com um personagem em particular ou com uma cronologia rígida, pode brincar à vontade com seus elementos  habituais, proporcionando um produto final com sua marca registrada do tradicional nó na mente do espectador.
"Oppenheimer" não é o melhor trabalho de Nolan, mas certamente é o que mais agradará o público em geral, até por conta dessa 'simplificação' à qual ele se viu obrigado em nome de contar a história com alguma coerência.
O filme acompanha a trajetória do brilhante físico norte-americano Robert Oppenheimer que, curioso, ambicioso, vaidoso, levou suas teorias sobre a fissão nuclear a um ponto de que a mesma viesse a servir para o desenvolvimento de uma bomba atômica. Pressionado pelo governo norte-americano, em pleno auge da segunda guerra mundial e diante de uma insana queda de braço internacional pelo hegemonia militar, o físico concorda em desenvolver o projeto da bomba para o governo, o que, no fim das contas, depois dos resultados que hoje conhecemos, resultaria para ele, além de invejas e desafetos, um processo de responsabilidade movido pelas autoridades, isso sem falar, intimamente, nos questionamentos pessoais e crises de consciência.

"Oppenheimer" - trailer


Com uma edição ágil, uma montagem muito bem executada e um trabalho de som espetacular, "Oppenheimer" é  tecnicamente impecável, disparado o trabalho mais bem acabado de Christopher Nolan. Apesar das três  horas de duração, a dinâmica do filme, a alternância de tempos, de estados emocionais, o preto e branco, a cor, o silêncio, a explosão, fazem com que o longa não se torne cansativo. Contudo, por outro lado, a narrativa quebrada, inconstante, obriga o espectador a estar sempre atento ao que é passado, presente, o que é realidade, o que é  sonho, desejo, delírio ou pensamento...
Nolan, me parece, tem o mérito de contar a história, relatar os fatos, sem, no entanto, submeter seu protagonista a um julgamento, mesmo diante de uma consequência tão séria quanto foi a tragédia nuclear do Japão e todo o aparato bélico que veio a ser instalado ao redor do mundo depois de sua descoberta. Ele deixa para a espectador o juízo de cada um, e para o próprio personagem retratado, os conflitos de sua consciência.
É sabido que o diretor sofre alguma resistência tanto do público quanto da crítica por uma suposta pretensão e uma certa ambição grandiloquente, mas talvez "Oppenheimer" tenha equilibrado as coisas e acabe lhe rendendo, finalmente, um justo reconhecimento por um trabalho que, no fim das contas, tem muitas qualidades e, para bem ou para o mal, mexe com o espectador. E esse reconhecimento, talvez venha em forma de algumas estatuetas douradas na prateleira.

Em "Oppenheimer", Christopher Nolan talvez tenha encontrado o equilíbrio de seu cinema.
O encontro de duas mentes brilhantes.
Oppenheimer em conversa com Albert Einstein, num dos momentos
marcantes  do filme.



Cly Reis 

segunda-feira, 11 de março de 2024

Oscar 2024 - Os Vencedores

 


"Oppenheimer", filme do diretor Christopher Nolan, faturou sete Oscar na cerimônia deste domingo à noite. com seu
Christopher Nolan, finalmente, ganhando seu
tão aguardado Oscar.
A noite deste domingo, dia 10 de março, marcou a cerimônia da 96ª edição do Oscar, na qual "Oppenheimer", filme do diretor Christopher Nolan, foi o grande vencedor, com sete estatuetas, mas com grande destaque para "Pobres Criaturas", de Yorgos Lanthimos, que levou quatro.

Apresentada pelo comediante Jimmy Kimmel, a festa não teve grandes novidades nem surpresas. A presença de cinco apresentadores, todos já vencedores, para apresentar os prêmios de atuação foi algo interessante, John cena apresentando "pelado" o prêmio de figurino foi engraçado, Slash, do Guns'n' Roses, dando uma canja na performance de "I'm Just Ken" foi muito show, e o momento mais emocionante, sem dúvida, ficou com o diretor do documentário "20 dias em Mariupol", sobre a guerra da Ucrânia, Mstyslav Chernov, emocionado, declarando que gostaria de nunca precisar ter feito um filme sobre algo assim.

A meu ver, nenhuma grande injustiça. "Anatomia de Uma Queda", de enredo brilhante, justamente agraciado com o prêmio de roteiro original, "Zona de Interesse", o mais complexo e artístico dos estrangeiros ganhando o prêmio de filme internacional, "Godzila Minjus One" desbancando os gigantes e vencendo a categoria de efeitos visuais... Até dá pra discutir um Downey Jr. ao invés de um DeNiro, uma Emma Stone e não Lily Gladstone, mas, de um modo geral, nenhum absurdo gritante, a meu ver.

Bom, quer saber como foram todos os prêmios? Dá uma olhada aí abaixo e conheça, então, todos os vencedores da noite:

📹📹📹📹📹📹📹📹

MELHOR FILME

• Oppenheimer


MELHOR DIREÇÃO


• Christopher Nolan, por Oppenheimer


MELHOR ATOR

• Cillian Murphy, por Oppenheimer


MELHOR ATRIZ


• Emma Stone, por Pobres Criaturas


MELHOR ATOR COADJUVANTE

• Robert Downey Jr., por Oppenheimer


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

• Da'Vine Joy Randolph, por Os Rejeitados


MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

• Justine Triet & Arthur Harari, por Anatomia de uma Queda


MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

• Cord Jefferson, por American Fiction


MELHOR ANIMAÇÃO

• O Menino e a Garça


MELHOR FILME INTERNACIONAL


• A Zona de Interesse (Reino Unido)


MELHOR DOCUMENTÁRIO


• 20 Days in Mariupol


MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM


• The ABCs of Book Banning


MELHOR CURTA-METRAGEM

• The Wonderful Story of Henry Sugar


MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO

• War is Over (inspired by the music of John & Yoko)


MELHOR TRILHA SONORA


• Ludwig Göransson, por Oppenheimer


MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

• "What Was I Made For?" (Barbie)


MELHOR SOM


• A Zona de Interesse



MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO

• Shona Heath, por Pobres Criaturas


MELHOR FOTOGRAFIA

• Hoyte van Hoytema, por Oppenheimer


MELHOR CABELO E MAQUIAGEM


• Pobres Criaturas


MELHOR FIGURINO

• Holly Waddington, por Pobres Criaturas


MELHOR MONTAGEM


• Jennifer Lame, por Oppenheimer


• MELHORES EFEITOS VISUAIS

• Godzilla Minus One





C.R.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

"Interestelar", de Christopher Nolan (2014)


Fiz as pazes com a ficção-científica



Estaria Kubrick por trás disso?


Alô, meus caríssimos Kubrick, Arthur C. Clarke, Stephen Hawking, Newton, Einstein, Carl Sagan, Erich von Daniken, Asimov, Nietzsche e Padre Quevedo: vocês já assistiram Interestelar, né!? Não viram? Ainda não? Puuuts! Eu jurava que vocês estavam por trás desse colosso! Bueno, então corram aos cinemas. Obrigado, Nolan. Reatei com a ficção-científica. O problema vai ser achar algo melhor nos próximos 50 anos (se bem que o tempo é algo relativo)...



**************************************************

Grandiloquência Vazia


Nem bom elenco salva o pretensioso filme de Nolan
Um dos filmes mais falados dos últimos tempos é “Interestelar”, de Christopher Nolan, diretor de “Amnésia” e “Insônia”. Depois destes dois grandes momentos da sua filmografia, vem a trilogia do "Batman - Cavaleiro das Trevas" , onde a pretensão em transformar um herói de histórias em quadrinhos num ser filosófico já deixava transparecer os arroubos de pedantismo. Na sequência, veio uma prova desta pretensão, "A Origem", um banho visual tentando segurar uma história banal. Pois, “Interestelar” sofre do mesmo mal. Embalado num visual realmente arrebatador – inclusive nas locações na Islândia -, o filme de Nolan peca por querer empurrar uma teoria fajuta de “dobra do tempo”, “buraco negro como passagem para um universo paralelo”, em que tudo está acontecendo agora, no passado e no futuro. È só uma questão de encontrar o ponto certo onde estes “momentos” se encontram. Como diriam os americanos, “bullshit”!! Centrado neste fiapo de “ciência física”, “Interestelar” acaba por ser mais um filme interminável que poderia ter sua “ação” reduzida em, no mínimo, meia hora. Mesmo utilizando grandes atores, como Matthew McConaughey, Jessica Chastain e Michael Caine e a média Anne Hathaway, o filme se demora a decolar literalmente, querendo explicar a história de uma busca de outro planeta, já que a Terra está condenada pelo ataque de pragas na monocultura do milho. As primárias comparações com o obra-prima de Stanley Kubrick, "2001 - Uma Odisséia no Espaço" só podem ter sido feitas pelos marqueteiros tanto da Paramount quanto da Warner Bros, que dividem os direitos de distribuição. Não se sustenta enm ao primeiro olhar. Tudo é feito para impressionar. E impressiona: a música de Hans Zimmer, a fotografia do sueco Hoyte Van Hoytema, os efeitos visuais. O problema é que a teoria que carrega esta função toda é muito furada e faz com que o filme se arraste demoradamente na tela, feito um paquiderme cansado. No final das contas, o papo pseudo-metafísico tenta esconder o melodrama de superação das barreiras entre pai e filha e a patriotada da onipresente bandeira norte-americana. Mas não consegue. E pensar que, com muito menos dinheiro e com histórias mais verdadeiras, "Relatos Selvagens" de Damián Szifron consegue chegar e se consagrar junto ao público. “Interestelar” não. Nolan poderia guardar todo este dinheiro e toda esta pretensão para voltar a fazer filmes interessantes. Mas parece que ele se contenta em destilar grandiloquência vazia.



quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Oscar 2024 - Os Indicados




Pronto! Chega de especulações. Depois do Globo de Ouro, Sindicato, Critics Choice, etc., premiações que balizam e meio que alimentam as hipóteses e aumentam as apostas em relação aos indicados ao Oscar, finalmente os temos, oficialmente, os nominados pela Academia. Como era de se esperar, "Oppenheimer", de Christopher Nolan leva um caminhão de indicações (treze); "Barbie", a outra sensação da temporada, também tem bastantes indicações (oito) mas menos do que eu particularmente esperava; por mais que se reclamasse da duração, não tinha como se ignorar "Assassinos da Lua das Flores" que ficou com dez indicações; e o azarão, diante das superproduções badaladas, mas que vem ganhando reconhecimento e força, "Pobres Criaturas", do sempre intenso Yargos Lanthimos, corre por fora concorrendo também para onze categorias.

Devo admitir que, ao contrário da maioria das pessoas, não me surpreendi com a não indicação de Margot Robbie para melhor atriz por "Barbie", um papel meramente competente na minha opinião, mas não estranharia nada se a diretora Greta Gerwig tivesse seu nome entre os indicados para direção. A propósito de diretoras, Justine Triet, vencedora da Palma de Ouro em Cannes, por "Anatomia de uma Queda", é nome forte e também pode surpreender no prêmio principal, quem sabe igualando o recente "Parasita" com uma dobradinha das duas principais premiações do mundo do cinema.
No mais, imaginava que o "Napoleão" de Ridley Scott tivesse mais e melhores indicações, já prevejo histeria e gritaria das/dos leonardetes pelo fato de Leonardo DiCaprio não ter entrado para melhor ator, e celebro a indicação de Lily Gladstone para melhor atriz, a primeira indígena norte-americana a ser indicada para um Oscar.

Fique, abaixo, com todos os indicados ao Oscar 2024:

📹📹📹📹📹📹📹📹

MELHOR FILME

• American Fiction

• Anatomia de uma Queda

• Barbie

• Os Rejeitados

• Assassinos da Lua das Flores

• Maestro

• Oppenheimer

• Vidas Passadas

• Pobres Criaturas

• A Zona de Interesse


MELHOR DIREÇÃO


• Justine Triet, por Anatomia de uma Queda

• Martin Scorsese, por Assassinos da Lua das Flores

• Christopher Nolan, por Oppenheimer

• Yorgos Lanthimos, por Pobres Criaturas

• Jonathan Glazer, por A Zona de Interesse


MELHOR ATOR


• Bradley Cooper, por Maestro

• Colman Domingo, por Rustin

• Paul Giamatti, por Os Rejeitados

• Cillian Murphy, por Oppenheimer

• Jeffrey Wright, por American Fiction



MELHOR ATRIZ

• Annette Bening, por NYAD

• Lily Gladstone, por Assassinos da Lua das Flores

• Sandra Hüller, por Anatomia de uma Queda

• Carey Mulligan, por Maestro

• Emma Stone, por Pobres Criaturas


MELHOR ATOR COADJUVANTE

• Sterling K. Brown, por American Fiction

• Robert De Niro, por Assassinos da Lua das Flores

• Robert Downey Jr., por Oppenheimer

• Ryan Gosling, por Barbie

• Mark Ruffalo, por Pobres Criaturas


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

• Emily Blunt, por Oppenheimer

• Danielle Brooks, por A Cor Púrpura

• America Ferrera, por Barbie

• Jodie Foster, por NYAD

• Da'Vine Joy Randolph, por Os Rejeitados


MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

• Justine Triet & Arthur Harari, por Anatomia de uma Queda

• David Hemingson, por Os Rejeitados

• Bradley Cooper & Josh Singer, por Maestro

• Sammy Burch, por Segredos de um Escândalo

• Celine Song, por Vidas Passadas


MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

• Cord Jefferson, por American Fiction

• Greta Gerwig & Noah Baumbach, por Barbie

• Christopher Nolan, por Oppenheimer

• Tony McNamara, por Pobres Criaturas

• Jonathan Glazer, por A Zona de Interesse


MELHOR ANIMAÇÃO

• O Menino e a Garça

• Elementos

• Nimona

• Meu Amigo Robô

• Homem-Aranha: Através do Aranhaverso



MELHOR FILME INTERNACIONAL


Io Capitano (Itália)

• Perfect Days (Japão)

• A Sociedade da Neve (Espanha)

• The Teacher's Lounge (Alemanha)

• A Zona de Interesse (Reino Unido)


MELHOR DOCUMENTÁRIO


• Bobi Wine: The People's President

• The Eternal Memory

• Four Daughters

• To Kill a Tiger

• 20 Days in Mariupol


MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM


• The ABCs of Book Banning

• The Barber of Little Rock

• Island in Between

• The Last Repair Shop

• Nai Nai & Wai Po


MELHOR CURTA-METRAGEM


• The After

• Invincible

• Knight of Fortune

• Red, White & Blue

• The Wonderful Story of Henry Sugar


MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO

• Letter to a Pig

• 95 Senses

• Our Uniform

• Pachyderme

• War is Over (inspired by the music of John & Yoko)


MELHOR TRILHA SONORA


• Laura Karpman, por American Fiction

• John Williams, Indiana Jones e a Relíquia do Destino

• Robbie Robertson, por Assassinos da Lua das Flores

• Ludwig Göransson, por Oppenheimer

• Jerskin Fendrix, por Pobres Criaturas


MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

• "The Fire Inside" (Flamin' Hot)

• "I'm Just Ken" (Barbie)

• "It Never Went Away" (American Symphony)

• "Wahzhazhe (A Song for My People)" (Assassinos da Lua das Flores)

• "What Was I Made For?" (Barbie)


MELHOR SOM


• Resistência

• Maestro

• Missão: Impossível - Acerto de Contas

• Oppenheimer

• A Zona de Interesse



MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO

• Sarah Greenwood, por Barbie

• Jack Fisk, por Assassinos da Lua das Flores

• Arthur Max, por Napoleão

• Ruth De Jong, por Oppenheimer

• Shona Heath, por Pobres Criaturas


MELHOR FOTOGRAFIA

• Edward Lachman, por El Conde

• Rodrigo Prieto, por Assassinos da Lua das Flores

• Matthew Libatique, por Maestro

• Hoyte van Hoytema, por Oppenheimer

• Robbie Ryan, por Pobres Criaturas


MELHOR CABELO E MAQUIAGEM


• Golda

• Maestro

• Oppenheimer

• Pobres Criaturas

• A Sociedade da Neve


MELHOR FIGURINO


• Jacqueline Durran, por Barbie

• Jacqueline West, por Assassinos da Lua das Flores

• Janty Yates, por Napoleão

• Ellen Mirojnick, por Oppenheimer

• Holly Waddington, por Pobres Criaturas


MELHOR MONTAGEM


• Laurent Sénéchal, por Anatomia de uma Queda

• Kevin Tent, por Os Rejeitados

• Thelma Schoonmaker, por Assassinos da Lua das Flores

• Jennifer Lame, por Oppenheimer

• Yorgos Mavropsaridis, por Pobres Criaturas


• MELHORES EFEITOS VISUAIS

• Resistência

• Godzilla Minus One

• Guardiões da Galáxia Vol. 3

• Missão: Impossível - Acerto de Contas

• Napoleão


C.R.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

"Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge", de Christopher Nolan (2012)




Infelizmente o último filme da trilogia dirigida pelo bom Christopher Nolan é o pior dos três episódios. Tinha grande expectativa, na época que saiu no cinema, acabei perdendo a oportunidade de ver em tela grande e agora vejo que não perdi grande coisa. Depois de uma boa introdução do personagem em "Batman Begins", de um filme convincente com uma atuação épica de Heath Ledger em "O Cavaleiro das Trevas", a nova aventura do Homem-Morcego, "Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge" é, de certa forma, decepcionante. Filme fraco, inconsistente, o roteiro mais mal trabalhado dos três, situações extremamente inverossímeis e absurdas. Sei que para se ver um filme de super-herói, de quadrinhos tem que se estar com a mente aberta mas desta vez o Sr. Nolan forçou em alguns casos e abusou da boa vontade do espectador.
Até tem a alusão ao imperialismo americano, aos fundamentalistas islâmicos, ao terrorismo, etc., mas o que é, além de mal explorado e representado de forma duvidosa, insuficiente para segurar as pontas em uma trama tola e estapafúrdia.
Uma pena que exatamente o desfecho desta saga, conduzida por um dos meus diretores favoritos da atualidade, seja exatamente o mais fraco, quando o legal era que se tivesse um gran-finale épico. Se bem que, ainda que não tenha mais a mão deste diretor, o final do filme dá a entender que um novo início se escreve a partir dali. Vamos ver. Seria a chance de recuperação. Aguardemos um próximo.


Cly Reis

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

"A Origem" de Christopher Nolan (2010)





Uma daquelas sessões que se sai com aquela sensação boa de ter-se assistido a um baita filme! Poucos diretores conseguem mexer tanto com a mente do espectador como Christopher Nolan. Desafia-nos, testa-nos. Foi assim em ‘Amnésia”, em “Insônia”, até em “O Cavaleiro das Trevas” com o lunático Coringa; e agora volta a levar-nos a uma viagem pelo consciente, pelo subconsciente, pelo mundo dos sonhos, pela alucinação, pelo real e irreal com o ótimo “A Origem”.
Com um roteiro inteligente, criativo, coerente e muito bem amarrado ele monta um enorme labirinto na cabeça do personagem, na trama, no espaço e na cabeça do espectador. Tudo é um grande sonho dentro de sonho e nele, um espião, especialista normalmente em invadir mentes durante o sono das vítimas para buscar informações confidenciais em seus subconscientes, desta vez tem a missão de implantar uma idéia durante o sono de um empresário. Nisso, realidade e sonhos se confundem o tempo todo, passado e presente, realidade e projeções, vivos e mortos, a ponto de sequer acabarmos com a certeza se toda a história não é um sonho.
Nolan eleva a outro patamar os filmes de ação, aventura, ficção e espionagem, com uma trama complexa e surreal mantendo as principais características destes gêneros. Outro grande mérito é a utilização de efeitos especiais e recursos que ficaram notabilizados, principalmente por “Matrix” mas que vinham ficando vulgarizados pela utilização banal e generalizada, em "A Origem" com propósito, inteligência, utilidade e contexto, o que a estas alturas já não se imaginava que fosse possível alguém fazer.
Um superdelírio! Um labirinto cinematográfico! Uma porrada na mente! Um dos melhores filmes dos últimos tempos!
Fascinante! Fascinante!


"A Origem" - trailer





Cly Reis

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

"Tenet", filme de Christopher Nolan (2020)

 

VENCEDOR DO OSCAR DE 
EFEITOS VISUAIS


Foi difícil decidir se gostei ou não do filme (na verdade eu sempre gostei). Tecnicamente "Tenet" é fantástico, tudo funciona bem, é grandioso, mas não consigo vê-lo dialogar bem com o grande público, que é o que mantém e financia o cinema. Nolan gênio? Sim. Presunçoso? Talvez.

Armado com apenas uma palavra – Tenet – e lutando pela sobrevivência de todo o mundo, o protagonista viaja por um mundo crepuscular de espionagem internacional em uma missão que se desdobra em algo além do tempo real.

Nolan cada vez mais vem fazendo filmes nos quais você precisa ir além do filme para entendê-los e isso afasta um pouco o público médio que quer apenas algumas horas de diversão, pois complica um pouco quando o roteiro trabalha com questões de física bem complexas para geral. Sem falar que o longa tem um ar presunçoso e se atrapalha muito neste aspecto tornando-se confuso. Mas isso é Nolan e, se você já está acostumado com os filmes dele, passa por isso rindo. E se não conseguir entender a parte da física, tudo bem, foca no som do filme, e a construção das cenas em seus mínimos detalhes e tá tudo ok também. 

O trabalho técnico do filme beira a perfeição! É de se olhar uma cena e ficar pensando “COMO É QUE FIZERAM ISSO???”. Fica meu aplauso para direção, equipe de efeitos, (tem muito efeito prático muito bem feito), e a equipe de som. Tudo isso dá um brilho enorme para as cenas de ação, mesmo as de brigas corpo a corpo que, assim como na trilogia Batman, ficaram esquisitas. Mas tirando isso, Nolan você e incrível!

Esses dois conversando é o que mais vemos no filme. Chega a ser chato.
Mas que fique claro que ambas as atuações estão muito boas.

Estou bem confuso, porem satisfeito. Será que gostei do filme? Ele é cheio de boas ideias, muito bem dirigido, os conceitos são legais, mas falta algo para criarmos empatia com os personagens. Parece até que eles não querem que a gente não saiba de nada, explicam as coisas, chega a ser necessário que se pegue um livro de física nesses momentos, mas logo em seguida já dizem que você não precisa entender... Mesmo sendo exageradamente expositivo, o espectador se perde nos diálogos, porque são muitos. Porém, se você prestar atenção na cena, nos seus detalhes, no visual, em como uma cena no final do filme dialoga com aquela outra lá no meio, que dialoga com uma do início, vai perceber que essa construção narrativa é muito bem feita. Mas, é claro, se você tiver a oportunidade de ver o filme mais de uma vez vai ajudar muito.

É interessante o protagonista não ter identidade e
apenas se autonomear... 'Protagonista'.


por Vagner Rodrigues


sábado, 13 de fevereiro de 2016

Quadrinhos no Cinema #11 - "Batman, O Cavaleiro das Trevas", de Christopher Nolan (2008)




Um marco para os filmes de super heróis! "Batman, O Caveleiro das Trevas" definiu qual seria a direção que os longas da DC/WARNER tormariam da li para frente. Um clima realista, bem pesado e um grande vilão, são as principais marcas desse ótimo longa.
Após dois anos desde o surgimento do Batman (Christian Bale), os criminosos de Gotham City têm muito o que temer pois o vigilante agora conta com a ajuda do tenente James Gordon (Gary Oldman) e do promotor público Harvey Dent (Aaron Eckhart) para limpar as ruas. Acuados com o combate, os chefes do crime aceitam a proposta feita pelo Coringa (Heath Ledger) e o contratam para combater o Homem-Morcego.
Sei lá, o visual é legal
mas ainda não é "o meu Bat"
Se o diretor Christopher Nolan já tinha nos acertado em cheio com o seu primeiro Batman, aqui ele nos dá um nocaute. Todos o personagens são bem construídos, a trama é super bem trabalhada, o clima fica tenso desde da cena inicial, com um fantástico assalto a banco até as últimas sequências onde se dá um combate com o Duas Caras. A fotografia e trilha contribuem para manter o clima sempre "dark". Em Gotham, tudo é muito escuro, a trilha sempre surge no momento certo, pesada, batendo com força. Não é um filme que se sustenta meramente pelos efeitos e ação. Sim, eles são utilizados, mas na medida certa, como nas cenas da explosão do hospital e do caminhão.
Christian Bale como Batman continua regular, não e o Batman que nos queremos, talvez nem seja o que precisamos, porém é o que temos. Falta desenvultura e imposição a ele como cavaleiro das trevas, coisas que sobram nele como Bruce. Aaron Eckhart está ótimo, até porque seu personagem, Harvey Dent, é muito bom e sua transição de herói para vilão faz todo sentido e você até o entende, a ponto de eu chegar a me colocar no lugar dele e pensar "será que eu não faria o mesmo?". Gary Oldman como comissário está mais uma vez bem e os outros personagens secundários como policias e mafiosos também conseguem transmitir seus problemas, raivas, loucuras, medos, ou seja, o elenco do filme todo funciona bem.
Uau, que caracterização! Que atuação fantástica!
O grande destaque do filme,  é claro,  Heath Ledger como Coringa. Sombrio, violento, estranho e louco (Louco? não! Louco não, não, não). Ledger foi um pouco mais longe do que os atores anteriores ao interpretar o personagem, que também tiveram grandes atuações. Ele não é mais um simples palhaço querendo diversão, que sai destruindo obras de arte (não pensem errado da minha pessoa, eu adoro aquela cena), agora ele é um homem de gostos simples,"Eu gosto de pólvora, dinamite e gasolina", como ele mesmo revela.  A única coisa que temos certezas é que ele quer causar o caos, desequilibrar as coisas. "Eu não faço planos, sou apenas um agente do caos. E você sabe qual é a principal ferramenta pra se trazer o caos? Medo!". Sim ele causa muito medo.  Não nos é contada a origem do persongem, nada sobre o passado dele antes de virar Gotham de pernas por ar é dito. Na verdade algumas coisa são ditas, porém são ditas pelo próprio Coringa, então, não temos como saber se é verdade ou não. Merecidamente, Heath Ledger levou o Oscar de melhor ator caodjuvante, por sua interpretação no filme, tornando-se o segundo ator a recebe um Oscar póstumo, já que já havia falecido, de maneira um pouco obscura, antes do lançamento filme.
 O último ato do filme é seu único ponto baixo. Apesar daquela tensão das balsas, a solução "sociedade boazinha" não combinou muito com filme, e o destino do Duas Caras faz todo sentido na história, porem não era o que eu preferia. Com certeza é uma obra espetacular que vai além de simplesmente mostrar as aventuras de um super-herói. "O Cavaleiro das Trevas" aborda as loucuras de uma sociedade, e que tipo de consequências um cara fantasiado de morcego pode causar nela, boas e ruins. Tudo isso sem perder a essência Batman.

Um bom roteiro tem ótimas construções de personagens.





quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Oscar 2018 - Os Indicados



Guillermo del Toro, sempre impressionante visualmente,
tem seu filme como um dos favoritos ao Oscar.
E saiu a lista dos filmes indicados para o prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, o famoso Oscar. "A Forma da Água" do mexicano Guillermo Del Toro lidera em indicações com treze, mas "The Post", de Steven Spielberg com elenco estrelar, "Me Chame Pelo Seu Nome",  "Três Anúncios Para Um Crime"e "Lady Bird", também prometem disputarem as atenções. Destaque também para a indicação de "Logan", o primeiro filme de heróis nomeado para roteiro original, para a grande surpresa do ano, o bom "Corra!", na categoria principal, para o brasileiro Carlos Saldanha, diretor da animação "O Touro Ferdinando", indicado em sua categoria, e para a indicação de uma mulher para melhor direção, Greta Gerwig, depois de todas as manifestações de atrizes na premiação do Globo de Ouro. Embora a indicação de Greta responda à contestação de Natalie Portman quando da entrega do prêmio de diretor naquela cerimônia, ela passa longe de resolver todas as questões que envolvem a figura da mulher em Hollywood, assim, independente deste "agrado" da Academia, deveremos ver novas manifestações acerca da condição da mulher não somente dentro da indústria cinematográfica norte-americana como na sociedade como um todo. E aí? Teremos gafes como aquela do anúncio do vencedor do ano passado? Termos protestos feministas? Meryl Streep leva outra estatueta para casa? Guillermo del Toro manterá a tradição mexicana de levar o prêmio de direção, já que são três prêmios nos últimos quatro anos? Muitas perguntas aguardam resposta mas elas só serão respondidas no dia 4 de março, em Los Angeles. Até lá, o negócio é ir dando uma conferida nos títulos que já estão em cartaz e nos que estrearão até lá nos cinemas,e claro ir conferindo aqui no ClyBlog as nossas impressões sobre os filmes aqui no Claquete.
Confira abaixo as listas com todos os indicados:



  • Melhor Filme

Me Chame Pelo Seu Nome
O Destino de Uma Nação
Dunkirk
Corra!
Lady Bird - É Hora de Voar
Trama Fantasma
The Post - A Guerra Secreta
A Forma da Água
Três Anúncios Para um Crime


  • Melhor Direção

Dunkirk - Christopher Nolan
Corra! - Jordan Peele
Lady Bird - É Hora de Voar - Greta Gerwig
Trama Fantasma - Paul Thomas Anderson
A Forma da Água - Guillermo del Toro


  • Melhor Atriz

Sally Hawkins - A Forma da Água
Frances McDormand - Três Anúncios Para um Crime
Margot Robbie - I, Tonya
Saoirse Ronan - Lady Bird - É Hora de Voar
Meryl Streep - The Post - A Guerra Secreta


  • Melhor Ator

Timotheé Chalamet - Me Chame Pelo Seu Nome
Daniel Day Lewis - Trama Fantasma
Daniel Kaluuya - Corra!
Gary Oldman - O Destino de Uma Nação
Denzel Washington - Roman J. Israel, Esq.


  • Melhor Ator Coadjuvante

Willem Dafoe - Projeto Flórida
Woody Harrelson - Três Anúncios Para um Crime
Richard Jenkins - A Forma da Água
Christopher Plummer - Todo o Dinheiro do Mundo
Sam Rockwell - Três Anúncios Para um Crime


  • Melhor Atriz Coadjuvante

Mary J. Blige - Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi
Allison Janney - I, Tonya
Laurie Metcalf - Lady Bird - É Hora de Voar
Octavia Spencer - A Forma da Água
Lesley Manville - Trama Fantasma


  • Melhor Roteiro Adaptado

Artista do Desastre
Me Chame Pelo Seu Nome
Logan
A Grande Jogada
Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi


  • Melhor Roteiro Original

Doentes de Amor
Corra!
Lady Bird - É Hora de Voar
A Forma da Água
Três Anúncios Para um Crime


  • Melhor Animação

O Poderoso Chefinho
Viva - A Vida é uma Festa
O Touro Ferdinando
Com Amor, Van Gogh
The Breadwinner


  • Melhor Filme Estrangeiro

Uma Mulher Fantástica (Chile)
The Insult (Líbano)
Loveless (Rússia)
The Square - A Arte da Discórdia (Suécia)
On Body and Soul (Hungria)


  • Melhor Fotografia

Blade Runner 2049 - Roger Deakins
O Destino de Uma Nação - Bruno Delbonnel
Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi - Rachel Morrison
Dunkirk - Hoyte van Hoytema
A Forma da Água - Dan Laustsen


  • Melhor Documentário em Longa-Metragem

Abacus: Small Enough to Jail
Faces Places
Icarus
Last Men in Aleppo
Strong Island


  • Melhor Documentário em Curta-Metragem

Edith+Eddie
Heaven is a Traffic Jam on the 405
Heroin(e)
Kayayo: The Living Shopping Baskets
Knife Skills
Traffic Stop


  • Melhor Curta-Metragem

DeKalb Elementary
The Eleven O’Clock
My Nephew Emmett
The Silent Child
Watu Wote/All of Us


  • Melhor Curta em Animação

Dear Basketball - Glen Keane e Kobe Bryant
Garden Party - Victor Caire e Gabriel Grapperon
Lou - Dave Mullins e Dana Murray
Negative Space - Max Porter e Ru Kuwahata
Revolting Rhymes - Jakob Schuh e Jan Lachauer


  • Melhor Figurino

A Bela e a Fera
O Destino de Uma Nação
Trama Fantasma
A Forma da Água
Victoria e Abdul - o Confidente da Rainha


  • Melhor Maquiagem e Cabelo

O Destino de Uma Nação
Extraordinário
Victoria e Abdul - o Confidente da Rainha


  • Melhor Montagem

Em Ritmo de Fuga
Dunkirk
I, Tonya
A Forma da Água
Três Anúncios Para um Crime


  • Melhor Mixagem de Som

Em Ritmo de Fuga
Blade Runner 2049
Dunkirk
A Forma da Água
Star Wars - Os Últimos Jedi


  • Melhor Edição de Som

Em Ritmo de Fuga
Blade Runner 2049
Dunkirk
A Forma da Água
Star Wars - Os Últimos Jedi


  • Melhores Efeitos Visuais

Blade Runner 2049
Guardiões da Galáxia Vol.2
Kong - A Ilha da Caveira
Star Wars - Os Últimos Jedi
Planeta dos Macacos - A Guerra


  • Melhor Design de Produção

A Bela e a Fera
Blade Runner 2049
O Destino de Uma Nação
Dunkirk
A Forma da Água


  • Melhor Canção Original

"Remember Me" - Viva - A Vida é uma Festa - Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez
"This is Me" - O Rei do Show - Benj Pasek e Justin Paul
"Mighty River" - Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi - Mary J. Blige, Raphael Saadiq e Taura Stinson
"Mystery of Love" - Me Chame Pelo Seu Nome - Sufjan Stevens
"Stand Up for Something" - Marshall - Diane Warren e Lonnie R. Lynn


  • Melhor Trilha Sonora Original

Dunkirk - Hans Zimmer
Trama Fantasma - Jonny Greenwood
A Forma da Água - Alexandre Desplat
Star Wars - Os Últimos Jedi - John Williams
Três Anúncios Para um Crime - Carter Burwell





C.R.