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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Coletivo Big Buka



Coletivo Big Buka – Para Charles Bukowski: uma nova chance para as coletâneas!


por Alessandra Carvalho.



"Big Buka" - ilustração da capa
por Emerson Wiscow
As coletâneas, livros que reúnem textos de diferentes autores escrevendo sob uma mesma temática, tiveram seu ápice há cerca de cinco anos. Havia dezenas, talvez centenas de projetos de coletâneas circulando pela internet, dos mais variados selos, dos mais diferentes temas. Uma chance expressiva para que novos escritores, muitos nunca publicados, divulgassem seus textos em um livro.
No entanto, com o passar dos anos, a qualidade destas publicações caiu consideravelmente. Coletâneas se transformaram em verdadeiros balaios de escritores, e algumas saíam com setenta, com cem autores em uma mesma edição. Passou-se a desprezar a qualidade dos textos; a excelência na elaboração da capa; os cuidados com revisão gramatical, edição, produção, divulgação, e outros detalhes que fazem toda a diferença no final.
As coletâneas tornaram-se uma fonte fácil e rápida de lucro para as editoras, que publicavam muitos autores em um mesmo livro, exigindo de cada um a aquisição de um número X de exemplares. Assim garantiam sua venda e sua rentabilidade, e não precisavam se preocupar com a qualidade da obra, e muito menos em distribuí-la e divulgá-la.
Resultado: os autores passaram a ver as coletâneas com desconfiança, e até com desprezo. Com razão. Muitos viveram na pele a experiência de ter seu texto publicado em um livro sem qualquer aprimoramento, sem qualquer cuidado, comprometimento e profissionalismo. E, atualmente, pouco se ouve falar em coletâneas. A má qualidade e o descomprometimento de editores e editoras colaboraram efetivamente para enterrar as coletâneas no hall das publicações com forte potencial para o fracasso.
Contudo, os escritores e editores Jana Lauxen e Afobório, pseudônimo de Alexandre Durigon, pensam diferente. E por isso, em outubro de 2013 fundaram a Editora Os Dez Melhores, com o objetivo de publicar somente dez livros por ano, oferecendo a cada um o tratamento exclusivo, diferenciado e profissional que merece:
Acreditamos que um selo que publica cem, duzentos, mil livros por ano, não tem condições, não tem mão de obra, e também não tem tempo hábil de proporcionar um trabalho diferenciado e efetivamente competente para cada um, uma vez que o processo de edição e lançamento de um único livro é trabalhoso e demorado. Logo, em se tratando de literatura, qualidade e quantidade não costumam combinar – afirma Jana Lauxen.
Recentemente, a Editora Os Dez Melhores decidiu fazer o caminho oposto da maioria das editoras, e apostar novamente em coletâneas, oferecendo para elas a mesma qualidade, dedicação e exclusividade destinadas aos seus autores solos, e aos lançamentos de seu selo social, o Nascedouro.
No entanto, Jana Lauxen e Afobório sabem o desafio que tem pela frente:
O desleixo e a falta de profissionalismo que assinalaram a publicação de coletâneas nos últimos anos marcaram negativamente este gênero literário, e precisamos agora romper as barreiras e as desconfianças que assombram este tipo de publicação. Mas estamos dispostos a fazer acontecer – garante Afobório.
E é Afobório, aliás, o nome por trás da organização do primeiro coletivo da Editora Os Dez Melhores. Trata-se do livro Big Buka – Para Charles Bukowski, que buscará homenagear o escritor através de contos que versem sobre as temáticas que sempre permearam sua obra: bebedeiras, mulheres, literatura, cotidiano, melancolia.
Serão selecionados somente dez textos, de dez autores. A ideia é justamente publicar poucos escritores, a fim de oferecer a cada um a atenção e os serviços que merecem.
E assim como ocorre com todos os lançamentos realizados pela Editora Os Dez Melhores, o coletivo Big Buka – Para Charles Bukowski contará com uma ilustração inédita e exclusiva em sua capa, elaborada pelo ilustrador gaúcho Emerson Wiskow. Também desfrutará de todo aparato de divulgação oferecido pela editora, que através de sua assessoria de comunicação elaborará releases, resenhas, entrevistas com os autores e reportagens sobre a obra, contatando mais de 300 veículos de comunicação, entre impressos e digitais – incluindo os das cidades dos escritores selecionados.
Todo o investimento deste lançamento, bem como a divulgação e distribuição da obra, ficará sob inteira responsabilidade da editora. Ou seja: os autores selecionados não precisarão pagar qualquer taxa, e nem se comprometer com a aquisição de um número X de exemplares. Muito pelo contrário: cada autor receberá, gratuitamente, um exemplar do livro.
A tiragem da publicação será comercializada e distribuída pela própria editora, através de atividades literárias envolvendo escolas e instituições de ensino:
Nosso objetivo é colocar o livro na mão do leitor. E mostrar aos autores que é possível, sim, lançar coletâneas com qualidade e com profissionalismo, sem transformar a publicação em um balaio de textos, e sem cobrar absolutamente nada de seus autores – assegura Jana Lauxen.
A seletiva, que selecionará dez contos para o coletivo Big Buka – Para Charles Bukowski, está aberta até o dia 10 de dezembro de 2014.
Confira abaixo o regulamento, e participe.
É a chance de ser você e mais nove.


Edital de Publicação
Coletivo
Big Buka – Para Charles Bukowski
Organização: Afobório

  1. A Editora Os Dez Melhores abre seletiva através do ‘Selo Coletivo’, e receberá, até o dia dez (10) de dezembro de 2014, textos inéditos e em português de autores que escrevam contos com a mesma temática que inspirou o escritor Charles Bukowski (mulheres, bebidas/bebedeiras, azar, sorte, cotidiano, literatura, melancolia etc.);

  1. A Editora Os Dez Melhores provém seu Edital de Publicação com a seguinte formalidade: não haverá nenhum investimento por parte do autor para participar desta publicação;

  1. A Editora Os Dez Melhores fornecerá, gratuitamente, um exemplar da obra para cada autor aprovado para publicação;
  1. Serão publicados nove (09) autores + um (01) texto do organizador, totalizando dez (10) autores; o que justifica o método de publicação da editora, ‘Você e mais nove’;

  1. A comercialização, distribuição e divulgação da obra serão de inteira responsabilidade da Editora Os Dez Melhores que, através de sua assessoria de comunicação, elaborará entrevistas, releases, resenhas e reportagens sobre o lançamento, e encaminhará este material para um mínimo de trezentos (300) veículos de comunicação, impressos e digitais, tanto em nível local e estadual, quanto nacional;

  1. A obra também será utilizada em ações educativas realizadas pela equipe da Editora Os Dez Melhores em escolas e instituições de ensino;

  1. Os textos, com no mínimo dez (10) mil caracteres (incluindo espaços) e no máximo vinte (20) mil caracteres (incluindo espaços), devem ser enviados completos, revisados e dentro das novas regras gramaticais, de acordo com o vocabulário ortográfico da Academia Brasileira de Letras, em arquivo Word, fonte Courier New, tamanho 12 e espaçamento 1,5, com o título ‘Big Buka – Para Charles Bukowski’ no campo ‘Assunto’. Abaixo do conto, o autor deverá enviar uma breve biografia com, no máximo, cinco (5) linhas, escrita em terceira pessoa, informando um e-mail para contato no corpo da mesma. Qualquer inconformidade quanto a tais especificações automaticamente desclassifica o conto enviado;

  1. O autor será responsabilizado por qualquer questão relativa a direitos autorais e plágio, previsto em contrato. Os selecionados serão comunicados do resultado por e-mail, tão logo o mesmo seja apurado, em até trinta (30) dias úteis após o encerramento do prazo para recebimento dos textos. A seleção dos contos é de competência do Conselho Editorial da Editora Os Dez Melhores;

  1. Qualquer assunto não abordado neste regulamento será resolvido pelo organizador;

  1. Para maiores informações e envio de textos, contatar (coletivos@editoraosdezmelhores.com.br);


Envie o seu conto.
A todos, sorte, luz e literatura, sempre!



* Para saber mais sobre o novo método de publicação em coletivos da Editora Os Dez Melhores, favor acessar: www.editoraosdezmelhores.blogspot.com.br/p/coletivos.html

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

ClyBlog + Os Dez Melhores



"Queremos publicar bons livros
de bons escritores,
elaborando um projeto de divulgação
para cada um de nossos lançamentos,
para que o autor comercialize seu livro
e lucre com esta venda também.
Queremos oferecer aos autores publicados
sob nosso selo um trabalho sério,
profissional e exclusivo,
que inclui avaliação, edição, produção,
publicação, divulgação e distribuição."
expediente da ed. Os Dez Melhores



É com grande satisfação que venho anunciar o início da parceria, a  partir desta data, do clyblog com a editora Os Dez Melhores. O surgimento da ideia da colaboração deu-se por conta do meu contato com o criador da editora, Afobório, originado quando da seleção para a antologia "Os Matadores Mais Cruéis que Conheci, vol. II", e transformado em amizade virtual a partir de então, muito em função da mútua admiração pelo trabalho um do outro.
As colaborações pontuais do Afobório no clyblog, como a COTIDIANAS ESPECIAL de 5 ANOS, por exemplo, geraram o meu convite para que elas se tornassem mais frequentes e, da parte dele, para que nossos meios de divulgação se tornassem parceiros.
E tinha como dizer não?
Ora, um enorme prazer me dá em fazer parte deste notável projeto que abre espaço para autores que procuram uma maneira de mostrar seu talento e potencial. E é isso que a Os Dez Melhores proporciona: além dessa oportunidade, oferece ao seu cliente, O AUTOR, um tratamento realmente sério, atencioso e profissional visando sucesso para ambas as partes, a editora e para o autor.
Além disso a editora apresenta também uma belíssima iniciativa, o projeto Nascedouro, que incentiva e seleciona talentos literários dentro de escolas, ONG's e outras instituições, com oficinas itinerantes que estimulam o gosto pela leitura e pela escrita.
Publicações, ações, eventos e conteúdo da editora, tudo isso poderá ser encontrado neste nosso espaço a partir de agora com resenhas sobre os novos lançamentos do selo e promoções.
É com muito prazer que dou início a esta parceria.
Sucesso para nós.
Um brinde!


Cly Reis

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Promoção Big Buka




A editora Os Dez Melhores está lançando o livro "Big Buka: Para Charles Bukwski", um antologia em homenagem a este grande escritor, este despretensioso filósofo cotidiano, perspicaz observador da natureza humana e cronista da vida urbana. O coletivo, organizado pelo escritor Afobório ("Contos de Amor e Crime", "Livre Para Ser Preso", "Os Matadores Mais Cruéis que Conheci - vol.II", entre outros), traz 10 contos que transitam pelo universo bukowskiano de mulheres, bebida, almas sozinhas e desesperadas, ou mesmo, do próprio processo de escrever.
Quer ganhar um?
Vai lá na página do Clyblog no Facebook e dá um CURTIR na promoção "SORTEIO BIG BUKA" você já está dentro. O sorteio acontece no dia 17 de agosto. Fique ligado.



"Big Buka: Para Charles Bukowski"

Autores:
  • Cly Reis
  • Afobório
  • Fabio Mourão
  • Heliton Queiroz
  • Jeremias Soares
  • Marina de Campos
  • Max Moreno
  • Rafael Simeão
  • Willian Couto
  • Wuldson Marcelo



*você pode adquirir o livro na loja virtual da Editora Os Dez Melhores clicando no link abaixo:

terça-feira, 28 de julho de 2015

"Big Buka: Para Charles Bukowski", organização: Afobório (Vários Autores) - ed. Os Dez Melhores (2015)


Blogueiro sem tempo é fogo!
Por incrível que pareça, o fato já é de alguns dias atrás mas somente agora estou tendo tempo para manifestar minha satisfação pela materialização do projeto "Big Buka: Para Charles Bukowski" do qual orgulhosamente faço parte com um conto. Sim, nasceu o rebento! Saiu do formo e já recebi meus exemplares belíssima publicação da Editora Os Dez Melhores que reúne dez contos, um de cada autor, todos escolhidos por seleção, tentando, humildemente, homenagear este singular e notável escritor, perspicaz observador da natureza humana e do cotidiano.
Este é só um comentário preliminar, só um gostinho, porque na verdade a editora está preparando de forma adequada a devida divulgação e distribuição do livro e em breve passaremos mais detalhes aqui no blog, mas posso adiantar que a edição está caprichadíssima, de ótima qualidade e, embora não tenha lido meus colegas de publicação, pelo que conheço dos trabalhos de alguns deles que já vi em seus blogs e redes sociais, posso assegurar que só tem fera homenageando o Velho Safado.
Particularmente, já teria ficado contentíssimo em ser selecionado para qualquer outra publicação onde pudesse apresentar meu trabalho como aspirante a escritor, mas fico especialmente feliz em integrar esta coletânea, exatamente em ode a este autor, pelo fato de ter ele sido meu maior incentivador ao ato de escrever com suas sentenças apaixonadas, críticas, definitivas e encorajadoras. Devo minha ousadia à aventura de escrever a Bukowski e espero minimamente ter retribuído o que esse cara fez por mim. No mínimo, tenho certeza que ele se orgulharia do culhão de ter tentado.
Obrigado à editora pela oportunidade, parabéns pela dedicação, seriedade e pelo resultado, e parabéns também aos demais autores pela participação, talento e inspiração.


Cly Reis

***************

"Big Buka: Para Charles Bukowski"
Ed. Os Dez Melhores (2015)
156 páginas
organização: Afobório
autores:
Clayton Reis
Afobório
Fabio Mourão
Heliton Queiroz
Jeremias Soares
Marina de Campos
Max Moreno
Rafael Simeão
William Couto
Wuldson Marcelo



segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Promoção Clyblog "Big Buka"


E saiu!
Em sorteio realizado ontem entre mais de 50 participantes que acessaram nossa nossa página do Facebook, Giuliano de Paula Martins Comerlato foi o contemplado e levou um exemplar do livro "Big Buka: Para Charles Bukowski", coletivo idealizado e promovido pela Editora Os Dez Melhores, do qual faço parte com um conto, que homenageia este que foi um dos maiores escritores do nosso tempo.
Ao ganhador, os parabéns do ClyBlog e aos demais obrigado pela força e pela participação, não esquecendo se você não foi sorteado e quer o seu "Big Buka", ainda há uma chance. Acesse a Loja Virtual da Editora Os Dez Melhores e garanta o seu.


Abraços a todos e muito obrigado.



Cly Reis

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

"Contos de Amor e Crime: Um Romance Violento", de Afobório - 2014 (ed. Os Dez Melhores)



"Eu estava na fila, junto com os outros.
Enquanto isso, as baratas formavam outra fileira, lá embaixo.
E me sentia encurralado por elas, pelos guardas, pelas muralhas
e pela comida com gosto de terra e ferrugem que davam pra gente (...)
Aliás naquele instante, eu invejava as baratas por três motivos:
primeiro, elas estavam livres,
mesmo que em fila;
segundo; elas deviam gostar daquela gororoba;
e terceiro, eu percebia que, quem ia se foder
com essa coisa de mais segurança e mais disciplina era a gente.
As baratas estavam numa situação muito melhor que a nossa."
trecho de "Contos de Amor e Crime"



Desde o primeiro momento quando firmamos uma parceria com a editora Os Dez Melhores fiz questão de salientar para o editor-chefe, o Afobório, que sempre que resenhasse ou comentasse as publicações lançadas por eles, o faria de maneira totalmente isenta, independente e imparcial sem preocupações de conveniência para a parceria, com o que ele concordou plenamente. Assim, fico muito à vontade para elogiar o bom livro “Contos de Amor e Crime: Um Romance Violento”, do próprio Afobório, porque ele bem sabe que se não tivesse gostado, sem dúvida, manifestaria.
“Contos de Amor e Crime” é uma pedrada, um banho (escaldante) de realidade. Dinâmico, objetivo, muito bem conduzido e estruturado, o romance de capítulos curtos e amarrados de forma engenhosa, por Afobório, narra o caminho tortuoso e violento de um jovem negro e pobre, que na favela, às voltas com o meio, com as companhias, as necessidades, com a violência, com contexto todo, enfim, quase naturalmente cai na trilha do crime. Afobório faz com que os relatos do jovem Jozz soem extremamente reais, contundentes e impactantes, quase que esbofeteando o leitor, tamanha o choque de realidade que impõe. A prostituição da mãe, o padrasto violento, o tráfico no morro, o amor, a ascensão no tráfico, a prisão, a vida desumana na cadeia, a dura sobrevivência, a expectativa de ver o mundo de novo, tudo isso é conduzido com pulso, firmeza, mas com uma fluência quase poética pelo autor.
Como observaçãos, acho apenas que a narração em primeira pessoa e o envolvimento tamanho do autor com o tema, com as injustiças, com o preconceito, com a desigualdade social, etc., o traem em determinados momentos fazendo-o cair num discurso panfletário, quase de palanque, quando na verdade a própria história, por si só, já se encarrega bem o suficiente de dar o recado. Mas nada tire o brilho do livro. Nem poderia. “Contos de Amor e Crime” é cheio de qualidade e lhe sobram virtudes e méritos.
Um romance envolvente até pela sua constituição como um conjunto de pequenos contos que se completam. Personagens que não nos deixam ficar indiferentes. Frases curtas, objetivas, certeiras e diretas como balas. Uma leitura fácil pela acessibilidade mas difícil pelo tema e pela proposta. Assim é “Contos de Amor e Crime”. Seu subtítulo não poderia ser mais adequado: é um romance violento e a partir do momento que você começa a ler, está no meio de um tiroteio, só que as balas de Afobório são violência, sexo, drogas,injustiça, ética, miséria, racismo... E, amigo, se você não sair atingido por pelo menos uma dessas balas, ah,... você não deve ter sangue nas veias.




Cly Reis

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

ClyBlog 11 anos. Parabéns para nós!

O tempo passa... É, parece que foi ontem que começamos um blog meio sem saber o que queríamos, como fazer, o que colocaríamos nele e, hoje o nosso ClyBlog chega a seu décimo primeiro ano. Uma trajetória muito positiva que nos fez crescer junto com o blog. Crescer em conteúdo, conhecimento, ousadia, ambição, em criatividade, em qualidade. A plataforma que meramente nos propiciava a exposição de nossas produções criativas, escritas, visuais, gráficas ou quaisquer outras que pudessem se manifestar, nos possibilitou o reconhecimento destas manifestações artísticas em publicações literárias e gráficas, valorizando, sobremaneira, o conteúdo publicado no blog. Se antes utilizávamos nosso espaço para, humildemente, expormos nossas impressões pessoais sobre música, cinema e outros assuntos de nosso interesse, hoje, parceiros, amigos e convidados altamente qualificados se juntam a nós, alguns de forma constante e outros eventualmente, em ocasiões especias, dando suas colaborações nas mais diversas seções do nosso veículo, sempre demonstrando imensa satisfação em fazer parte do nosso projeto.  Além disso, as vivências e experiências de eventos, espetáculos, viagens, passeios, foram ampliadas trazendo mais variedade, informação e imagens em canais específicos para cada segmento. Ou seja, de 2008 para cá, o ClyBlog está cada vez melhor e mais interessante.
E tudo isso só se deve ao fato de que nós, as cabeças do ClyBlog, Daniel Rodrigues e eu, Cly Reis, continuamos pilhados, sempre estimulados, sempre a fim de fazer algo legal, algo diferente, acrescer qualidade, novidades, conteúdo instigante, coisas que sejam legais para o leitor, visitante ou seguidor porque seriam legais para nós. É isso que  fez com que o ClyBlog chegasse até aqui,aos 11 anos, e fará com que siga em frente, se depender de nós, ainda por muito tempo.
Nesses 11 anos tivemos um monte de coisas bacanas no ClyBlog: fomos a shows e contamos como foi, viajamos por diversos lugares e relatamos as experiências, fomos selecionados para publicações, , participamos de outros espaços em outras plataformas, tivemos convidados importantes escrevendo no ClyBlog... Enfim, foram muitos bons momentos. Não dá pra colocar todos aqui, afinal são 11 anos, mas dá pra destacar alguns. Assim, lembramos aqui um momento para cada ano desde o início do ClyBlog.



2008
Madonna no Maracanã - No ano da criação do ClyBlog, um dos momentos marcantes foi a volta da Rainha do Pop a terras brasileiras. A expectativa era grande mas o show não foi lá essas coisas. Mesmo assim, relatamos tudo, num dos primeiros ClyLive, a seção de shows do ClyBlog.

Madonna, show de constrangimentos
Vi no filme "Na Cama com Madonna" o trechos da turnê Blonde Ambition e fiquei fascinado. Quis ver aquilo! No entanto a turnê seguinte, que acabou passando pelo Brasil, foi a Girlie Show, que apesar de não ser tão boa quanto a anterior, de não ter os figurinos do Gaultier nem a performance libidinosa de "Like a Virgin" foi um belo espetáculo e me proporcionou boas surpresas.
Anos depois resolvi ir ver novamente a Madonna ao vivo pelo mero fato de ser a Madonna. Sabia já que o álbum "Hard Candy" era um horror porém guardava a expectativa de que o show, o espetáculo, o tudo, valesse a pena.
Olha, foi um circo do lamentável (...) Leia mais...




2009
Viagem ao Velho Continente: Em 2009, tive a oportunidade de ir à Europa e visitar algumas das cidades mais famosas do mundo e alguns dos destinos turísticos mais procurados. Estive em Paris, Londres, Roma, Florença e Veneza e, é claro, tudo foi para no ClyBlog, na nossa seção Arquivo de Viagem.

ARQUIVO DE VIAGEM: Europa
Aeroporto, mala, poltrona desconfortável, sono ruim, hotel, informações e é em inglês, em italiano e é em francês, e dá-lhe fotografia, fotografia, fotografia, e de novo hotel, e outro dia mais fotografia, e tome outro aeroporto, ou estação de trem, ou táxi, e outro hotel, e mais foto, foto, foto... É, isso é viajar! Mas é bom! E principalmente para a Europa que era uma antiga aspiração. O roteiro? Londres, Paris, Roma, Florença e Veneza.
A primeira parada, a terra da Rainha, que mais do que todas as outras eu tinha uma enorme vontade de conhecer por causa principalmente de toda a atmosfera rock do lugar, por causa das bandas que admiro ou mesmo por toda a influência musical e comportamental que exerce sobre grande parte do mundo, não me decepcionou (...) Leia mais...
LONDRES: Passeio por LondresFabric,  The Telegraph Pub
PARIS: Paris
ROMA: Roma
FLORENÇA: Florença
VENEZA: VenezaJazz em Veneza - Bàccaro Jazz



2010
Internacional Bicampeão da Libertadores - Neste ano, tive a felicidade de presenciar o segundo título de Libertadores da América do meu time do coração, o Sport Club Internacional, in loco, no Beira-Rio. E, como não podia deixar de ser, documentei a noite mágica do Bi da América para o ClyBlog.

Era uma vez na América (ou melhor, DUAS vezes)

Eu tinha assistido à semifinal contra o Olímpia em 89. Eu estava lá no Gigante. Não, não podia acontecer de novo.
Quando os mexicanos do Chivas fizeram o primeiro gol do jogo aquele filme de terror me veio à cabeça. E eu lá de novo. Seria EU o culpado? Teria, EU, me desbarrancado do Rio de Janeiro a Porto Alegre, sem ingresso na mão, desembarcando 4 horas antes do jogo, conseguido incrivelmente a tal entrada, tudo isso para EU dar azar pro eu time? (Torcedor pensa cada coisa, não?) Mas por certo não fui só eu. Outros devem ter pensado que aquilo estava acontecendo porque não usaram a mesma cueca, não conseguiram sentar no mesmo lugar no estádio, porque não seguiram determinados rituais, ou sabe-se lá mais o que; mas de todos estes não sei quantos ali haviam presenciado a maior "tragédia" do Beira-Rio. E eu estava lá (...) Leia mais...
Inter x Chivas
Museu do Inter




2011
"Screamadelica", do Primal Scream, ao vivo na íntegra - Enquanto na Cidade do Rock, rolava o Rock in Rio, com todas suas estrelas e nomes badalados, no Circo Voador, na Lapa, bem menos incensado, um dos discos mais importantes dos anos 90 e da história do rock era tocado na íntegra por uma das bandas mais influentes do pop rock britânico. O Primal Scream, liderado pelo dissidente do Jesus and Mary Chain, Bob Gillespie, celebrava o vigésimo aniversário de lançamento do álbum "Screamadelica" com um show sensacional que foi ainda mais especial uma vez que assisti na companhia de meu irmão, Daniel Rodrigues, que andava pelas bandas do Rio de Janeiro naquele momento. A cúpula do ClyBlog, curtindo junto um show tão especial como esse, só podia ser um dos grandes momentos de 2011.


Primal Scream - "Screamadelica 20th Anniversary Tour" - Circo Voador - Rio de Janeiro (23/09/2011)


Nesta última sexta-feira aconteceu a primeira noite de apresentações do Rock in Rio... Bom, e dai?
Azar de quem foi à tal Cidade do Rock e não estava na Lapa, como eu, delirando com o show da turnê de aniversário de 20 anos do álbum "Screamadelica" do Primal Scream.
Que Rock in Rio que nada! O verdadeiro rock no Rio de Janeiro estava acontecendo lá no Circo Voador. E se toda a cidade estava mobilizada para assistir às rihanas cláudiasleittes da vida, ali na Lapa, um pequeno grupo de fieis assistia a um show histórico, que diga-se de passagem, foi, com louvor, proporcionado por eles mesmos, que num esforço incomum fizeram trazer ao Rio uma atração que estava praticamente descartada para cá (...) 
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2012
O punk e a moda - 2012 marca o lançamento do livro "Anarquia na Passarela - A Influência do Movimento Punk nas Coleções de Moda", do irmão e parceiro de blog Daniel Rodrigues, como um dos fatos mais importantes daquele ano no ClyBlog. Um estudo profundo e criterioso sobre a música e a moda caminhando juntas, sem cair na chatice ou na mesmice com uma linguagem fácil e dinâmica. Eu posso até ser suspeito para elogiar por ser irmão, mas acho que o júri do Prêmio Açorianos, que consagrou o livro como melhor ensaio de literatura e humanidades tem isenção o suficiente.

"Anarquia na Passarela - A Influência do Movimento Punk nas Coleções de Moda", de Daniel Rodrigues (Ed. Dublinense, 2012)

(...) O livro é uma caixa de som! Sai música dele. Mas não só isso: dá vontade de usar aquela calça rasgada no joelho, de usar aquele bracelete de couro, uma camisa com dizeres desaforados...
Ele é extremamente bem fundamentado, estudado, repleto de referências, citações, com alto grau e profundidade de pesquisa mas passa longe de ser pedante e cansativo. Ele flui. Flui muitíssimo bem. 
Consegue conjugar um gosto pessoal musical, inequívoco e indesmentível, com muita informação, embasamento teórico e análise detalhada e  numa proporção perfeita e exata de modo a tornar a leitura absolutamente agradável e sempre interessante (...) Leia mais...

Anarquia em Porto Alegre - Noite de autógrafos de Daniel Rodrigues - Pinacoteca Café



2013
Álbuns Fundamentais Especial de 5 anos do ClyBlog - O quinto ano do ClyBlog foi marcado por uma série de comemorações e publicações especiais. Uma delas foi a participação especialíssima do ex-Replicante, Carlos Gerbase, na seção ÁLBUNS FUNDAMENTAIS, falando sobre o cultuado disco de estreia da banda "O Futuro é Vortex". Tinha alguém mais autorizado a falar sobre o assunto?

Os Replicantes - "O Futuro é Vortex" (1986)

A palavra “Vortex” já significou muitas coisas na minha vida. Meu primeiro encontro com ela foi em meados dos anos 70, numa máquina de fliperama, aquelas antigas, de bolinha, imortalizadas no musical “Tommy”.  Os desenhos da máquina eram futuristas, misturando sexo e violência em doses perfeitas para a adolescência.  Na minha interpretação, esses desenhos representavam um planeta distante, cheio de monstros e mulheres maravilhosas. Eu jogava e, mesmo perdendo as cinco bolas rapidamente, curtia o visual (...) Leia mais...






2014
Copa do Mundo Rock - Era ano de Copa e o ClyBlog resolveu fazer a sua Copa do Mundo também. Só que a nossa foi uma Copa do Mundo Rock. Isso mesmo! Música contra música para descobrirmos qual a melhor obra de determinado artista. Em 2014 três bandas tiveram suas competições, The Cure, uma das favoritas dos donos do blog, Legião Urbana, também uma das nossas queridinhas, e, nada mais nada menos que os maiores de todos, os Beatles. "Comentaristas", jurados convidados decidiam os confrontos que eram sorteados e avançavam de fase, afunilando até a grande final. Foram copas com definições diferentes: resultado incontestável, favorito ganhando, decisão apertada... Enfim, um grande barato essa experiência músico-futebolística na qual quem ganhou, mesmo, foi quem acompanhou.

Copa do Mundo Rock

Qual a melhor maneira de escolher a melhor música de uma banda?
No clyblog a gente escolhe no mata-mata.
Vai começar a Copa do Mundo Rock (...)







2015
Tributo a Bukowski - Uma das coisas legais de 2015 foi outro acontecimento literário. Fui selecionado, com um conto, para integrar a coletânea "Big Buka", homenagem a Charles Bukoswki, escritor pelo qual tenho grande admiração, o que tornou ainda mais especial minha inclusão na publicação.

“Big Buka: para Charles Bukowski”, organização: Afobório (Vários Autores) - ed. Os Dez Melhores (2015)

A proposta nasceu ousada: homenagear o norte-americano Charles Bukowski , escritor de forte influência a vários outros, de grande apelo com o público e dono de um estilo muito peculiar, que vai da crueza de mau gosto e a putaria à mais doce beleza sentimental. Um homem que, por detrás da obscenidade e da contundência, era extremamente profundo, poético e comprometido com suas verdades. Assim, a coletânea "Big Buka: para Charles Bukowski" (ed. Os Dez Melhores, 2015), da qual soube do projeto ano passado, encarou o desafio de reunir dez textos que remetessem ao universo de Bukowski tanto em temática quanto em estilo. Para que tal funcionasse, contudo, os contos deveriam ser muito bem selecionados, uma vez que o risco de não corresponder à altura do mestre tornava-se um erro fácil de cometer (...)




2016
Juntos no mesmo livro - Eu já havia sido selecionado para algumas coletâneas de contos, Daniel já tinha seu próprio livro solo, mas em 2016, pela primeira vez integraríamos uma mesma publicação. Por meio de uma seletiva da editora Multifoco, contos nossos vieram a ser escolhidos para a antologia "Conte Uma Canção, vol. 2", que tinha como proposta a ligação do conto com determinada música. Posteriormente, naquele mesmo ano, promovemos um pequeno sarau, na sede da editora, no Rio de Janeiro, onde lemos nossos contos para convidados.

“Conte uma Canção – vol. 2”, organização Frodo Oliveira e Marla Figueiredo (Vários autores) – Ed. Multifoco (2016)

O Clyblog tem o orgulho de anunciar que mais uma vez nós, os editores-chefes deste espaço, Daniel Rodrigues e eu, Cly Reis, temos contos selecionados para publicações coletivas (...) Leia mais...

Já está nos pontos de venda a antologia “Conte uma Canção – vol. 2”, pela editora Multifoco, da qual meu irmão e editor deste blog, Cly Reis, e eu, subedidor, fazemos parte com um conto cada um. O livro teve lançamento no último dia 30, durante a 24ª Bienal do Livro de São Paulo, no Anhembi (...) Leia mais...

A ocasião era oportuna: meses após o lançamento da antologia "Conte Uma Canção - vol.2", da editora Multifoco, na qual participamos meu irmão Cly Reis e eu cada um com um conto, estaríamos juntos no Rio de Janeiro, sede da editora. Então, por que não fazermos um encontro que abordasse isso? Foi o que aconteceu no dia 16 de dezembro. A partir de uma ideia de Leocádia Costa, que nos deu o privilégio de fazer as honras, realizamos um sarau de leitura de ambos os contos no bistrô da própria Multifoco, na Lapa (...) Leia mais...





2017
Museu Nacional -O destaque de 2017 fica por conta da nostalgia, da lástima, da saudade, da falta que faz... Naquele ano eu visitava mais uma vez o Museu Nacional, recentemente devorado pelas chamas do descaso em um trágico incêndio, e o fazia, na ocasião, para o ClyBlog trazia, na ocasião o registro de seu acervo, sua beleza e importância. 

Museu Nacional / UFRJ - Rio de Janeiro / RJ

(...) Desta vez visitamos o Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, prédio histórico que serviu à Família Imperial brasileira no séc. XIX, que esteve meio abandonado, meio largado mas que agora, embora não na plenitude de suas condições, apresenta boas condições de visitação e um acervo muito significativo e em bom estado. O Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, é voltado à pesquisa científica, histórica e antropológica possuindo um acervo valiosíssimo em todos os seus segmentos. Possui, por exemplo, significativos fósseis de procedências diversas; registros materiais humanos de datas remotas; artefatos e relíquias de civilizações de diversos sítios; múmias de altíssimo valor histórico em ótimo estado de conservação; grande variedade de amostras animais e geológicos; e itens impressionantes como é o caso do meteorito encontrado na Bahia em 1784 exposto orgulhosamente logo na entrada do circuito (...) Leia mais...



2018
ClyBlog 10 anos - O décimo ano do ClyBlog foi comemorado com entusiasmo e durante os 12 meses do ano tivemos atrações em todos nosso segmentos, com diversos e qualificadíssimos convidados especiais em todas as áreas, como, entre outros, o diretor de teatro Cleiton Echeveste falando sobre Andrei Tarkovski, o fotógrafo Wladimyr Ungaretti apresentando-nos suas imagens que estimulam a imaginação, o ex-DeFalla Castor Daudt relatando um fato curioso com um ex-integrante do Joy Division e o músico Lucio Brancatto, inovando e destacando cinco discos de uma vez só num Super-Álbuns Fundamentais. Isso é que é aniversário. Assim vale a pena ficar mais velho.

Especiais de 10 anos no ClyBlog

Não é toda hora que se comemora dez anos, não é? E tratando-se de uma marca tão especial,conforme já adiantamos, 2018 terá uma série de atrações e participações especiais em várias seções do nosso blog. Convidados contarão histórias e desfilarão poesia nas nossas COTIDIANAS; falarão sobre seus discos preferidos e marcantes nos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS; sobre grandes obras da literatura no LIDO; clássicos da sétima arte no CLAQUETE; mostrarão sua visão do mundo pelas lentes de suas câmeras na seção CLICK; e suas criações no CLYART; enfim, todos os nossos espaços estarão abertos às valiosas contribuições de nossos talentosos amigos. Então, fiquem ligados porque a partir de fevereiro, a qualquer momento poderá pintar uma das publicações especiais de 10 anos do ClyBlog. Posso garantir que vem coisa muito legal por aí.



2019
"Meia-Noite: Contos da Escuridão" -E 2019 ainda está na metade e já temos coisa boa: assim como em 2016, a pareceria se repete e Daniel e eu integraremos juntos novamente uma antologia de contos. Fomos recentemente selecionados para a coletânea "Meia-Noite: Contos da Escuridão", do selo Fantastic da editora Autografia, e teremos uma história arrepiante de cada um na publicação que será lançada daqui a alguns dias, na Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Além do aniversário, mais um motivo para comemorar.
Abaixo, matéria publicada no site Literatura RS sobre nossa participação na publicação.


Irmãos integram coletânea de contos de editora carioca
Dois autores gaúchos, os irmãos Daniel Rodrigues e Clayton Reis, foram selecionados para integrar a coletânea de contos de terror Meia-Noite: Contos da Escuridão, publicada pelo selo Fantastic da editora carioca Autografia. Organizada pelo editor Frodo Oliveira, a obra contou com processo seletivo no qual concorreram autores de todo o Brasil. Dentre os contos selecionados, estão Clichês, de Reis, e O Monstro do Armário, de Rodrigues. O livro será lançado em sessão de autógrafos no dia 4 de setembro, às 13h30min, durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, no estande da editora (Pavilhão Verde, R32). Na ocasião, ambos os autores estarão presentes. (...) Leia mais...



ClyBlog 11 anos
Obrigado a todos os seguidores, amigos,
colaboradores e parceiros
que participam, visitam ou nos acompanham
nestes 11 anos de existência.




Cly Reis

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

COTIDIANAS nº264 - Especial 5 anos do ClyBlog - A Profissionalização da Demanda


Vivemos um problema dos mais fodas, muita gente falando bastante coisa com pouco conhecimento de causa e isso bagunça tudo. Acho que é preciso mais confiança no editor, porque um bom editor meu amigo, fala do que vive todo dia e não de suposições e fantasias promulgadas em grupos de FB e etc. Um editor que não fala coisas baseadas na verdade, e sim na conveniência, num primeiro momento, agrada ao autor, mas depois o desagrada, porque não conseguirá comandar uma publicação de bom resultado, e mais dia ou menos dia, pagará um preço por isso.
Eu entendo quando escuto que pagar é foda, o que muda é que muita gente não entende quando falo, que de graça, nem ponteiro de relógio se mexe. O autor não pode pagar, mas a editora e o editor podem trabalhar de graça, é isso? Se a grana tranca a publicação do autor, também veta o trabalho da editora. Uma coisa não está distante da outra.
Penso que grande parte dos equívocos acontece porque ainda não se sabe o que é uma editora independente e qual é o seu papel. Editoras independentes surgiram para publicar/dar uma força, para quem ainda não conseguiu dizer, eu sou autor da minha sonhada editora x, qual é a parte que ninguém entende?
Eu sei qual é. É que agora, como a demanda está em alta e tem revelado bons autores e bons livros, tal modalidade deixou de ficar em segundo plano e passou a estar em primeiro plano para muita gente, e isso borbulha um grande número de editoras no mercado, que muitas vezes oferecem um preço muito abaixo do mínimo necessário para que a publicação tenha qualidade editorial e relevância. Isso fode as coisas e queima o mercado! Porque surge o editor-meia-boca e o autor-especulador.
É preciso filtrar. Não há como fazer um bom livro sem um bom editor, sem um bom revisor, sem um bom design gráfico, sem uma boa estratégia de venda, sem um bom plano de divulgação, sem um bom autor etc. Um exemplo, por que existem tantas resenhas críticas no mercado sentando o pau sobre a ortografia de alguns livros feitos na demanda?
Por que um bom revisor tem o seu valor, e isso acresce custo no livro. E para cada bom profissional envolvido na confecção do folhoso, se ganha um novo custo. Eu não abro mão de qualidade em nenhuma etapa, e se é assim, entendo que tenho um preço compatível com o resultado final. Não existe milagre. E em minha mente, o que não tem qualidade não vende.
Eu também acho complicado ouvir certas coisas totalmente fora de contexto, como por exemplo, queremos livros mais baratos. Deveríamos enquanto profissionais, pedir por um melhor custo/benefício. É bem diferente. Ninguém consegue bons resultados nivelando uma produção editorial por baixo. Quanto mais barato o preço, mais barato é o resultado.
Quando profissional, a demanda não é uma vilã, é uma oportunidade para não mofar esperando um ‘sim’ que talvez nunca, ou quase nunca chega, porque viver num país que ferra com a arte é dose. Além do mais, eu acho que a demanda significa liberdade. Sempre publiquei assim e acho que consegui bons frutos com tal modalidade de publicação. É o que endossa um fato que se tornou a saída para muitos autores que fazem dela o seu repasto porque deu certo.
Sei que cada um entende essa coisa ‘de colher bons frutos’ de uma maneira pessoal. Quem sabe para você, eu pense muito baixo. Contudo, eu vislumbro um degrau de cada vez. Prefiro passos seguros para nunca retroceder. Não há nada mais importante para mim do que os meus livros, eu deixaria de fazer qualquer coisa para poder investir neles com o máximo de qualidade. Não vejo como simplesmente ‘pagar’, mas como uma oportunidade para aplicar a minha grana e lucrar com a venda deles.
Publicar pela demanda é tornar-se empresário de si mesmo. A premissa é, pague pela primeira publicação e com o seu lucro em mãos, gerencie as próximas. Eu acho que vale a pena. Mas não dá para usar o capital de publicação para tomar cerveja. É uma premissa empresarial. As adversidades são tudo o que vai mover o seu comportamento profissional. Elas existem para que você transforme cada uma delas em um desafio que precisa ser superado. É para frente que se anda, e quem não está disposto a dar um passo em frente, permanece no mesmo lugar e se desgasta um monte, sem qualquer necessidade.
Em minha mente, a demanda é uma escolha que funciona, mas que exige a profissionalização do autor enquanto escritor e também enquanto seu próprio investidor. Vejo o mercado da demanda atual, como sendo o mais promissor de todos os tempos. A publicação independente é o maior movimento literário já desencadeado em nosso país. Gera concorrência e aperfeiçoamento.
O autor publica, o mercado filtra, a qualidade se sobressai, é como em qualquer área profissional. Enquanto autor e editor entendo que profissionalizar o mercado é antes de tudo, ser coerente com as nossas palavras e com as nossas atitudes.
Penso que a demanda só pode ser estabelecida como um grande problema, a partir do momento em que não existem duas coisas, qualidade na obra e público leitor, porque a partir do momento em que você possui um bom produto enquanto livro e um público interessado em sua literatura, a demanda é a modalidade de publicação mais rentável para qualquer pessoa que escreve bem.
Outro detalhe, a demanda e o seu autor ainda enfrentam problemas de distribuição, porque existe preconceito com o profissional do meio, pois há uma questão que eu classifico como absurda, a exigência das livrarias em distribuir livros somente diante de um desconto de 40% ou 50% sobre o preço de capa. É uma proposta do tipo, a gente lucra se vender e vocês que se lasquem. Uma atitude assim, mina qualquer possibilidade e algo precisa ser avaliado aqui, porque tal postura é imposta primeiramente para a editora, só que normalmente, uma situação tensa como a que mencionei, acaba se tornando um atrito entre o autor e a editora, quando na verdade, a livraria que impõe o desconto como condição para a distribuição passa batida na discussão e isso não é justo com o editor, que aguenta uma reclamação totalmente passional.
Mas eu também tenho um argumento para dizer que a demanda é viável mesmo com restrições de distribuição, foi o que funcionou comigo e é o que eu e alguns editores e autores defendem como alternativa para a distribuição de nossos livros publicados pela demanda, o trabalho de campo. Se o autor desenvolver um bom projeto para o seu folhoso e conseguir transformar o enredo da sua obra em algo palpável e relevante para o leitor, é possível furar o bloqueio, discorrer sobre sua obra e tudo que a circunda, convertendo suas ações profissionais em venda direta ao público interessado, através de instituições e escolas. Falar sobre a sua obra é o trampo do autor, ou não? A rapadura é doce, mas não é mole. Temos de mudar o nosso jeito de pensar. Precisamos de alternativas ‘porque chorar não vale mais a pena’, cantou um dia o grande Celso Blues Boy.
Enfim, em um único texto é impossível falar sobre tudo e eu já escrevi demais, mesmo assim, espero que tal post sirva como uma injeção de ânimo em sua vida. A cultura do ‘faça você mesmo com uma editora legal’ é a única postura com capacidade para transformar uma porta fechada em uma porta aberta.
Aquele abraço! Sorte, luz e demanda, sempre!


por Afobório


Afobório é o pseudônimo do gaúcho Alexandre Durigon, escritor, editor e revisor de texto, organizador e autor em várias antologias, entre elas, "Contos Medonhos", "The King", "Mistério das Sombras", "A Morte do Outro Lado da Luneta", "Os Matadores Mais Crueis Que Conheci", sua sequência, recentemente lançada, "Os Matadores Mais Cruéis Que Conheci' vol. II, além dos romances "Livre para Ser Preso" e "Contos de Amor e Crime - Um Romance Violento". Afobório é idealizador e coordenador do projeto social, PROJETO BALACLAVA, que leva a literatura as escolas públicas e municipais e atualmente, dedica-se a seu novo projeto, a editora Os Dez Melhores, que abre espaço para publicações de novos autores.
Informações e trabalhos do autor você encontra em (www.medoemorte.blogspot.com.br)