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sábado, 30 de setembro de 2023

Santigold - "Santogold" (2008)

 





"Apesar de ser o seu primeiro álbum, 
parecia que ela já tinha caído na terra 
como uma superestrela totalmente formada. 
Quero dizer, de onde é que ela veio? 
Como é que alguém pode abranger 
todos os elementos mais excitantes 
do eletrônico, do punk, da new-wave e do reggae 
de forma tão fácil? 
Estas melodias fantásticas, 
e ainda fazer com que pareça que 
mal pestanejou enquanto as compunha.
Ela parecia ser a personificação 
do termo música do futuro 
e a síntese do cool."
Mark Ronson,
produtor musical


A música pop do século XXI, cá entre nós, não é nada, assim, de entusiasmar, não é mesmo? Tirando quem pintou da metade para o final dos anos 90 e entrou no novo século ainda com qualidade, como Björk, Beck, Daft Punk, por exemplo; o pessoal dos anos 80 que tinha uma fórmula eficiente edificada a partir do punk e da ascensão dos sintetizadores, como Depeche Mode, Pet Shop Boys e New Order, que sobreviveram, persistiram e continuaram sendo relevantes; os consagrados, os símbolos, ícones do pop, Prince, Michael Jackson e Madonna, que, influentes e insubstituíveis, continuaram dando as cartas mesmo tempo depois de seus respectivos auges; e gênios, como David Bowie, que conseguiam se reinventar e ainda dar grande contribuição para uma cena pouco inspirada; os anos 2000, de um modo geral, não nos apresentavam nada de especial. De vez em quando até aparecia uma coisa boa, uma Amy Winehouse, por exemplo, mas foi só. E para piorar, mal nos deu o gostinho do seu talento e nos deixou cedo. De resto, muita bunda, muita repetição de fórmula, batidas eletrônicas sempre muito parecidas, muito autotune, rappers mal-encarados, mas nada de novo ou de original.

Mas de vez em quando, mesmo em meio a toda essa pobreza, o universo pop nos presenteia com alguma coisa que vale a pena. Às vezes alguém com talento, criatividade e boas influências nos surpreende e traz alguma coisa que, se não é nova, original, é, no mínimo, interessante. Santigold, multiartista norte-americana, nos apresentava ali, quase no final da primeira década do século XXI, algo um pouco mais que interessante. Seu álbum de estreia "Santogold" (2008) é uma preciosidade repleta de muito do melhor que a música negra pode oferecer. "Santogold" é rhythm'n blues, é soul, é rap, é funk, é raggae, é dub, é blues, é afro. É animado, é melancólico, é seco, é irreverente, é contagiante. Tem glamour, tem força, tem ousadia. Hip-hop, pós-punk, eletrônico, disco, rock, new-wave... Aquele tipo de disco que possui todos os atributos de uma grande obra pop!

"L.E.S. Artistes", a abertura e um dos singles do álbum, já é o cartão de visita mostrando que Santigold está disposta a frequentar todos os terrenos possíveis: inicialmente um pop minimalista bem compassado, marcado na batida, a primeira faixa, ganha força em guitarras no refrão para culminar num pop-rock poderoso. "You'll Find Away", a segunda, é uma típica new-wave elétrica e empolgante; o reggae eletrônico, repleto de elementos e nuances, "Shove It" baixa a rotação das duas anteriores com muito estilo, mas a eletrizante "Say Aha", com sua base agressiva de baixo. logo põe tudo pra cima de novo.

"Creator", o primeiro single do álbum é uma "loucura" maravilhosa! Uma percussão tribal, literalmente selvagem, grunhidos, efeitos eletrônicos alucinados, ecos, um vocal enlouquecido e, dentro de tudo isso, um refrão incrivelmente eficaz. 

"My Superman", outra das joias do disco, é construída sobre, nada mais nada menos, que um sampler de "Red Light", de Siuoxsie and The Banshees, adicionado à sensualidade da nova canção, toda a atmosfera sombria do gótico oitentista.

A propósito de darkismo, "Starstruck", embora mais encaixada na linguagem sonora atual, do hip-hop e afins, também remete ao som do pós-punk dos anos 80. Mas aí, mudando radicalmente, temos "Lights Out", um pop radiofônico saborosíssimo, e a irresistível "Unstoppable, um ragga eletrônico dançante, ao ritmo do qual é impossível ficar parado. Imparável!

A elegante "I'm a Lady" encaminha o final do disco que, por fim, encerra-se com "Anne", um synth-popp sofisticado que só confirma a riqueza da experiência vivida nos últimos 40 minutos. Um baita disco!

Detalhe para a capa. Mais um destaque: uma colagem "tosca" quase ao estilo punk, com a artista expelindo purpurina dourada pela boca.

Vomitando "glamour". 

Precisa dizer mais?

***************

FAIXAS:

  1. L.E.S. Artistes 3:25
  2. You'll Find A Way 3:01
  3. Shove It 3:46
  4. Say Aha 3:35
  5. Creator 3:33
  6. My Superman 3:01
  7. Lights Out 3:13
  8. Starstruck 3:55
  9. Unstoppable 3:33
  10. I'm A Lady 3:44
  11. Anne 3:29
*******************
Ouça:




por Cly Reis

segunda-feira, 6 de junho de 2022

The Material Girl

 



'Madonna: The Material Girl' - REIS Cly
ilustração digital fan-art HQ - GIMP




"Madona is 'The Material Girl' "
Cly Reis



quinta-feira, 27 de maio de 2021

Madonna - The Girlie Show - Estádio do Morumbi - São Paulo / SP (novembro /93)

 



Ingresso do show. Tá velhinho, quebradiço,
mas guardo com carinho
Eu tinha ficado louco quando assisti a "Na Cama Com Madonna". Aquele visual todo, os figurinos, a dança, as performances, a presença de palco, as versões para as músicas...! Fiquei doido para ver um show daquela mulher.
Assim que foi anunciado que Madonna viria ao Brasil em turnê, me mobilizei para ir vê-la. "Ah, mas não é a mesma turnê do filme". É uma pena, gostaria que fosse a mesma mas, só por todo o espetáculo, já vale. "Ah, mas vai ser em São Paulo" (na época eu morava em Porto Alegre). Não interessa. Sendo no Brasil, dá pra ir. "Ah, mas eu não tenho companhia pra ir". Dane-se! Conheço uma galera na viagem e já era.
E assim foi! 
Economizei, troquei dinheiro nacional pra dólar, tratei com a agência de viagens e estava feito! Seria uma viagem bate-e-volta: era chegar em Sampa, ir pro estádio, assistir ao show, sair do estádio, entrar no ônibus, pegar a estrada e voltar pra casa. Seria puxado, cansativo mas, eu não tava nem aí.
Conforme imaginava, conheci um pessoal no busão, me enturmei, a viagem foi legal, tudo correu bem e, afastando um temor que tínhamos, de chegar muito em cima da hora, chegamos bem cedo, ainda no meio da tarde. Como os portões abriam às 16 horas e não tínhamos porquê ficar mofando dentro do ônibus, assim que estacionamos, a algumas quadras do estádio, nos dirigimos para lá. E o que, em princípio, poderia ser um incômodo ou uma chateação, de entrar tão cedo e permanecer umas cinco horas no estádio até o começo da apresentação, acabou por trazer-nos uma agradabilíssima surpresa. Fomos brindados com a passagem de som da tarde com ninguém menos que a própria estrela do show. Madonna, relaxada e descontraída, foi simpática, puxou coros desbocados com a galera, usando e abusando de alguns palavrões que devia ter aprendido naquele dia e, numa pequena prévia do que viria à noite, passou umas três ou quatro músicas. Entre as que ganhamos uma palinha, estava "Erotica" uma das minhas preferidas e mais aguardadas, só que numa versão um pouco diferente que me deixou na dúvida, até a hora do show, se seria aquela mesmo a executada no espetáculo, ou se só havia sido tocada daquela maneira por alguma conveniência técnica para a passagem de som.
Mesmo com aquela canja inesperada e muito bem-vinda, e com um showzinho de abertura de Gabriel, O Pensador pra ajudar a passar o tempo, não teria como não admitir que a espera fora longa e um tanto exaustiva. Sol na cara, calor, público aumentando, espaço diminuindo, ansiedade, expectativa... Nossa!
Mas valeu a pena!
Madonna entrou triunfal, surgindo do chão com seu figurino sadomasô, dominadora, com chicotinho e tudo, e já respondendo à minha curiosidade da tarde sobre a versão de "Erotica" para o show. Sim, era a do ensaio! Um pouco mais misteriosa, um pouco menos sussurrada, mas quase tão boa quanto a original.

Madonna - "Erotica" - The Girlie Show - Austrália (1993)

E daí se seguiram a ótima "Fever", com direito a um mini-striptease para se desfazer do visu fetichista; a sempre aguardadíssima e luxuosa "Vogue", dessa vez com tons meio árabes, indianos ou algo assim;  "Express Yourself" num clima disco setentista com a cantora surgindo no palco de cabelão "black", dependurada num globo espelhado; "Everybody", com direito a camiseta da Seleção Brasileira; a improvável mas de performance muito divertida, "I'm Going Bananas"; "Holiday" excelente, com uma pegada militar; e, assim como "Erotica", a sensualíssima "Justify My Love" ganhava uma versão diferente, bastante interessante e não menos quente que a tradicional, numa performance fantástica com caracterização com roupas de época em um cenário monocromático visualmente fascinante.

Madonna - "Justify My Love" - The Girlie Show _Austrália (1993)

Show terminado, era hora de voltar para o ônibus e encarar 20 horas de viagem, agora sim, muito esgotado e contando as horas para chegar em casa. Mas voltava com a alma satisfeita! Madonna correspondera a tudo a que eu esperava. Um grande espetáculo musical-teatral-visual com uma das artistas mais importantes do nosso tempo.
"Ah, mas ela canta mal". A expressão artística dela compensa qualquer deficiência técnica que, inegavelmente, sabemos que ela tem. "Ah, mas ela dubla no palco". Sim, a gente sabe. Para um espetáculo daquele porte, ágil, dinâmico, com reposicionamentos, troca de figurinos constante, é natural e aceitável que o artista, seja ele quem for, se dê o direito de 'performar' alguns números. "Mas como é que uma cantora que canta mal mal canta pode ser considerada uma das maiores artistas dos últimos tempos?". Madonna construiu uma figura pop e, tendo-a consolidada, utilizou-se dela para provocar, questionar, desafiar paradigmas artísticos, sociais, morais e comportamentais. Foi essa mulher que eu fui lá ver, foi essa mulher que me fez percorrer quilômetros de estrada, ficar horas numa arquibancada. Era tudo isso que eu queria e foi o que eu tive.



Cly Reis

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

ClyBlog 11 anos. Parabéns para nós!

O tempo passa... É, parece que foi ontem que começamos um blog meio sem saber o que queríamos, como fazer, o que colocaríamos nele e, hoje o nosso ClyBlog chega a seu décimo primeiro ano. Uma trajetória muito positiva que nos fez crescer junto com o blog. Crescer em conteúdo, conhecimento, ousadia, ambição, em criatividade, em qualidade. A plataforma que meramente nos propiciava a exposição de nossas produções criativas, escritas, visuais, gráficas ou quaisquer outras que pudessem se manifestar, nos possibilitou o reconhecimento destas manifestações artísticas em publicações literárias e gráficas, valorizando, sobremaneira, o conteúdo publicado no blog. Se antes utilizávamos nosso espaço para, humildemente, expormos nossas impressões pessoais sobre música, cinema e outros assuntos de nosso interesse, hoje, parceiros, amigos e convidados altamente qualificados se juntam a nós, alguns de forma constante e outros eventualmente, em ocasiões especias, dando suas colaborações nas mais diversas seções do nosso veículo, sempre demonstrando imensa satisfação em fazer parte do nosso projeto.  Além disso, as vivências e experiências de eventos, espetáculos, viagens, passeios, foram ampliadas trazendo mais variedade, informação e imagens em canais específicos para cada segmento. Ou seja, de 2008 para cá, o ClyBlog está cada vez melhor e mais interessante.
E tudo isso só se deve ao fato de que nós, as cabeças do ClyBlog, Daniel Rodrigues e eu, Cly Reis, continuamos pilhados, sempre estimulados, sempre a fim de fazer algo legal, algo diferente, acrescer qualidade, novidades, conteúdo instigante, coisas que sejam legais para o leitor, visitante ou seguidor porque seriam legais para nós. É isso que  fez com que o ClyBlog chegasse até aqui,aos 11 anos, e fará com que siga em frente, se depender de nós, ainda por muito tempo.
Nesses 11 anos tivemos um monte de coisas bacanas no ClyBlog: fomos a shows e contamos como foi, viajamos por diversos lugares e relatamos as experiências, fomos selecionados para publicações, , participamos de outros espaços em outras plataformas, tivemos convidados importantes escrevendo no ClyBlog... Enfim, foram muitos bons momentos. Não dá pra colocar todos aqui, afinal são 11 anos, mas dá pra destacar alguns. Assim, lembramos aqui um momento para cada ano desde o início do ClyBlog.



2008
Madonna no Maracanã - No ano da criação do ClyBlog, um dos momentos marcantes foi a volta da Rainha do Pop a terras brasileiras. A expectativa era grande mas o show não foi lá essas coisas. Mesmo assim, relatamos tudo, num dos primeiros ClyLive, a seção de shows do ClyBlog.

Madonna, show de constrangimentos
Vi no filme "Na Cama com Madonna" o trechos da turnê Blonde Ambition e fiquei fascinado. Quis ver aquilo! No entanto a turnê seguinte, que acabou passando pelo Brasil, foi a Girlie Show, que apesar de não ser tão boa quanto a anterior, de não ter os figurinos do Gaultier nem a performance libidinosa de "Like a Virgin" foi um belo espetáculo e me proporcionou boas surpresas.
Anos depois resolvi ir ver novamente a Madonna ao vivo pelo mero fato de ser a Madonna. Sabia já que o álbum "Hard Candy" era um horror porém guardava a expectativa de que o show, o espetáculo, o tudo, valesse a pena.
Olha, foi um circo do lamentável (...) Leia mais...




2009
Viagem ao Velho Continente: Em 2009, tive a oportunidade de ir à Europa e visitar algumas das cidades mais famosas do mundo e alguns dos destinos turísticos mais procurados. Estive em Paris, Londres, Roma, Florença e Veneza e, é claro, tudo foi para no ClyBlog, na nossa seção Arquivo de Viagem.

ARQUIVO DE VIAGEM: Europa
Aeroporto, mala, poltrona desconfortável, sono ruim, hotel, informações e é em inglês, em italiano e é em francês, e dá-lhe fotografia, fotografia, fotografia, e de novo hotel, e outro dia mais fotografia, e tome outro aeroporto, ou estação de trem, ou táxi, e outro hotel, e mais foto, foto, foto... É, isso é viajar! Mas é bom! E principalmente para a Europa que era uma antiga aspiração. O roteiro? Londres, Paris, Roma, Florença e Veneza.
A primeira parada, a terra da Rainha, que mais do que todas as outras eu tinha uma enorme vontade de conhecer por causa principalmente de toda a atmosfera rock do lugar, por causa das bandas que admiro ou mesmo por toda a influência musical e comportamental que exerce sobre grande parte do mundo, não me decepcionou (...) Leia mais...
LONDRES: Passeio por LondresFabric,  The Telegraph Pub
PARIS: Paris
ROMA: Roma
FLORENÇA: Florença
VENEZA: VenezaJazz em Veneza - Bàccaro Jazz



2010
Internacional Bicampeão da Libertadores - Neste ano, tive a felicidade de presenciar o segundo título de Libertadores da América do meu time do coração, o Sport Club Internacional, in loco, no Beira-Rio. E, como não podia deixar de ser, documentei a noite mágica do Bi da América para o ClyBlog.

Era uma vez na América (ou melhor, DUAS vezes)

Eu tinha assistido à semifinal contra o Olímpia em 89. Eu estava lá no Gigante. Não, não podia acontecer de novo.
Quando os mexicanos do Chivas fizeram o primeiro gol do jogo aquele filme de terror me veio à cabeça. E eu lá de novo. Seria EU o culpado? Teria, EU, me desbarrancado do Rio de Janeiro a Porto Alegre, sem ingresso na mão, desembarcando 4 horas antes do jogo, conseguido incrivelmente a tal entrada, tudo isso para EU dar azar pro eu time? (Torcedor pensa cada coisa, não?) Mas por certo não fui só eu. Outros devem ter pensado que aquilo estava acontecendo porque não usaram a mesma cueca, não conseguiram sentar no mesmo lugar no estádio, porque não seguiram determinados rituais, ou sabe-se lá mais o que; mas de todos estes não sei quantos ali haviam presenciado a maior "tragédia" do Beira-Rio. E eu estava lá (...) Leia mais...
Inter x Chivas
Museu do Inter




2011
"Screamadelica", do Primal Scream, ao vivo na íntegra - Enquanto na Cidade do Rock, rolava o Rock in Rio, com todas suas estrelas e nomes badalados, no Circo Voador, na Lapa, bem menos incensado, um dos discos mais importantes dos anos 90 e da história do rock era tocado na íntegra por uma das bandas mais influentes do pop rock britânico. O Primal Scream, liderado pelo dissidente do Jesus and Mary Chain, Bob Gillespie, celebrava o vigésimo aniversário de lançamento do álbum "Screamadelica" com um show sensacional que foi ainda mais especial uma vez que assisti na companhia de meu irmão, Daniel Rodrigues, que andava pelas bandas do Rio de Janeiro naquele momento. A cúpula do ClyBlog, curtindo junto um show tão especial como esse, só podia ser um dos grandes momentos de 2011.


Primal Scream - "Screamadelica 20th Anniversary Tour" - Circo Voador - Rio de Janeiro (23/09/2011)


Nesta última sexta-feira aconteceu a primeira noite de apresentações do Rock in Rio... Bom, e dai?
Azar de quem foi à tal Cidade do Rock e não estava na Lapa, como eu, delirando com o show da turnê de aniversário de 20 anos do álbum "Screamadelica" do Primal Scream.
Que Rock in Rio que nada! O verdadeiro rock no Rio de Janeiro estava acontecendo lá no Circo Voador. E se toda a cidade estava mobilizada para assistir às rihanas cláudiasleittes da vida, ali na Lapa, um pequeno grupo de fieis assistia a um show histórico, que diga-se de passagem, foi, com louvor, proporcionado por eles mesmos, que num esforço incomum fizeram trazer ao Rio uma atração que estava praticamente descartada para cá (...) 
Leia mais...




2012
O punk e a moda - 2012 marca o lançamento do livro "Anarquia na Passarela - A Influência do Movimento Punk nas Coleções de Moda", do irmão e parceiro de blog Daniel Rodrigues, como um dos fatos mais importantes daquele ano no ClyBlog. Um estudo profundo e criterioso sobre a música e a moda caminhando juntas, sem cair na chatice ou na mesmice com uma linguagem fácil e dinâmica. Eu posso até ser suspeito para elogiar por ser irmão, mas acho que o júri do Prêmio Açorianos, que consagrou o livro como melhor ensaio de literatura e humanidades tem isenção o suficiente.

"Anarquia na Passarela - A Influência do Movimento Punk nas Coleções de Moda", de Daniel Rodrigues (Ed. Dublinense, 2012)

(...) O livro é uma caixa de som! Sai música dele. Mas não só isso: dá vontade de usar aquela calça rasgada no joelho, de usar aquele bracelete de couro, uma camisa com dizeres desaforados...
Ele é extremamente bem fundamentado, estudado, repleto de referências, citações, com alto grau e profundidade de pesquisa mas passa longe de ser pedante e cansativo. Ele flui. Flui muitíssimo bem. 
Consegue conjugar um gosto pessoal musical, inequívoco e indesmentível, com muita informação, embasamento teórico e análise detalhada e  numa proporção perfeita e exata de modo a tornar a leitura absolutamente agradável e sempre interessante (...) Leia mais...

Anarquia em Porto Alegre - Noite de autógrafos de Daniel Rodrigues - Pinacoteca Café



2013
Álbuns Fundamentais Especial de 5 anos do ClyBlog - O quinto ano do ClyBlog foi marcado por uma série de comemorações e publicações especiais. Uma delas foi a participação especialíssima do ex-Replicante, Carlos Gerbase, na seção ÁLBUNS FUNDAMENTAIS, falando sobre o cultuado disco de estreia da banda "O Futuro é Vortex". Tinha alguém mais autorizado a falar sobre o assunto?

Os Replicantes - "O Futuro é Vortex" (1986)

A palavra “Vortex” já significou muitas coisas na minha vida. Meu primeiro encontro com ela foi em meados dos anos 70, numa máquina de fliperama, aquelas antigas, de bolinha, imortalizadas no musical “Tommy”.  Os desenhos da máquina eram futuristas, misturando sexo e violência em doses perfeitas para a adolescência.  Na minha interpretação, esses desenhos representavam um planeta distante, cheio de monstros e mulheres maravilhosas. Eu jogava e, mesmo perdendo as cinco bolas rapidamente, curtia o visual (...) Leia mais...






2014
Copa do Mundo Rock - Era ano de Copa e o ClyBlog resolveu fazer a sua Copa do Mundo também. Só que a nossa foi uma Copa do Mundo Rock. Isso mesmo! Música contra música para descobrirmos qual a melhor obra de determinado artista. Em 2014 três bandas tiveram suas competições, The Cure, uma das favoritas dos donos do blog, Legião Urbana, também uma das nossas queridinhas, e, nada mais nada menos que os maiores de todos, os Beatles. "Comentaristas", jurados convidados decidiam os confrontos que eram sorteados e avançavam de fase, afunilando até a grande final. Foram copas com definições diferentes: resultado incontestável, favorito ganhando, decisão apertada... Enfim, um grande barato essa experiência músico-futebolística na qual quem ganhou, mesmo, foi quem acompanhou.

Copa do Mundo Rock

Qual a melhor maneira de escolher a melhor música de uma banda?
No clyblog a gente escolhe no mata-mata.
Vai começar a Copa do Mundo Rock (...)







2015
Tributo a Bukowski - Uma das coisas legais de 2015 foi outro acontecimento literário. Fui selecionado, com um conto, para integrar a coletânea "Big Buka", homenagem a Charles Bukoswki, escritor pelo qual tenho grande admiração, o que tornou ainda mais especial minha inclusão na publicação.

“Big Buka: para Charles Bukowski”, organização: Afobório (Vários Autores) - ed. Os Dez Melhores (2015)

A proposta nasceu ousada: homenagear o norte-americano Charles Bukowski , escritor de forte influência a vários outros, de grande apelo com o público e dono de um estilo muito peculiar, que vai da crueza de mau gosto e a putaria à mais doce beleza sentimental. Um homem que, por detrás da obscenidade e da contundência, era extremamente profundo, poético e comprometido com suas verdades. Assim, a coletânea "Big Buka: para Charles Bukowski" (ed. Os Dez Melhores, 2015), da qual soube do projeto ano passado, encarou o desafio de reunir dez textos que remetessem ao universo de Bukowski tanto em temática quanto em estilo. Para que tal funcionasse, contudo, os contos deveriam ser muito bem selecionados, uma vez que o risco de não corresponder à altura do mestre tornava-se um erro fácil de cometer (...)




2016
Juntos no mesmo livro - Eu já havia sido selecionado para algumas coletâneas de contos, Daniel já tinha seu próprio livro solo, mas em 2016, pela primeira vez integraríamos uma mesma publicação. Por meio de uma seletiva da editora Multifoco, contos nossos vieram a ser escolhidos para a antologia "Conte Uma Canção, vol. 2", que tinha como proposta a ligação do conto com determinada música. Posteriormente, naquele mesmo ano, promovemos um pequeno sarau, na sede da editora, no Rio de Janeiro, onde lemos nossos contos para convidados.

“Conte uma Canção – vol. 2”, organização Frodo Oliveira e Marla Figueiredo (Vários autores) – Ed. Multifoco (2016)

O Clyblog tem o orgulho de anunciar que mais uma vez nós, os editores-chefes deste espaço, Daniel Rodrigues e eu, Cly Reis, temos contos selecionados para publicações coletivas (...) Leia mais...

Já está nos pontos de venda a antologia “Conte uma Canção – vol. 2”, pela editora Multifoco, da qual meu irmão e editor deste blog, Cly Reis, e eu, subedidor, fazemos parte com um conto cada um. O livro teve lançamento no último dia 30, durante a 24ª Bienal do Livro de São Paulo, no Anhembi (...) Leia mais...

A ocasião era oportuna: meses após o lançamento da antologia "Conte Uma Canção - vol.2", da editora Multifoco, na qual participamos meu irmão Cly Reis e eu cada um com um conto, estaríamos juntos no Rio de Janeiro, sede da editora. Então, por que não fazermos um encontro que abordasse isso? Foi o que aconteceu no dia 16 de dezembro. A partir de uma ideia de Leocádia Costa, que nos deu o privilégio de fazer as honras, realizamos um sarau de leitura de ambos os contos no bistrô da própria Multifoco, na Lapa (...) Leia mais...





2017
Museu Nacional -O destaque de 2017 fica por conta da nostalgia, da lástima, da saudade, da falta que faz... Naquele ano eu visitava mais uma vez o Museu Nacional, recentemente devorado pelas chamas do descaso em um trágico incêndio, e o fazia, na ocasião, para o ClyBlog trazia, na ocasião o registro de seu acervo, sua beleza e importância. 

Museu Nacional / UFRJ - Rio de Janeiro / RJ

(...) Desta vez visitamos o Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, prédio histórico que serviu à Família Imperial brasileira no séc. XIX, que esteve meio abandonado, meio largado mas que agora, embora não na plenitude de suas condições, apresenta boas condições de visitação e um acervo muito significativo e em bom estado. O Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, é voltado à pesquisa científica, histórica e antropológica possuindo um acervo valiosíssimo em todos os seus segmentos. Possui, por exemplo, significativos fósseis de procedências diversas; registros materiais humanos de datas remotas; artefatos e relíquias de civilizações de diversos sítios; múmias de altíssimo valor histórico em ótimo estado de conservação; grande variedade de amostras animais e geológicos; e itens impressionantes como é o caso do meteorito encontrado na Bahia em 1784 exposto orgulhosamente logo na entrada do circuito (...) Leia mais...



2018
ClyBlog 10 anos - O décimo ano do ClyBlog foi comemorado com entusiasmo e durante os 12 meses do ano tivemos atrações em todos nosso segmentos, com diversos e qualificadíssimos convidados especiais em todas as áreas, como, entre outros, o diretor de teatro Cleiton Echeveste falando sobre Andrei Tarkovski, o fotógrafo Wladimyr Ungaretti apresentando-nos suas imagens que estimulam a imaginação, o ex-DeFalla Castor Daudt relatando um fato curioso com um ex-integrante do Joy Division e o músico Lucio Brancatto, inovando e destacando cinco discos de uma vez só num Super-Álbuns Fundamentais. Isso é que é aniversário. Assim vale a pena ficar mais velho.

Especiais de 10 anos no ClyBlog

Não é toda hora que se comemora dez anos, não é? E tratando-se de uma marca tão especial,conforme já adiantamos, 2018 terá uma série de atrações e participações especiais em várias seções do nosso blog. Convidados contarão histórias e desfilarão poesia nas nossas COTIDIANAS; falarão sobre seus discos preferidos e marcantes nos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS; sobre grandes obras da literatura no LIDO; clássicos da sétima arte no CLAQUETE; mostrarão sua visão do mundo pelas lentes de suas câmeras na seção CLICK; e suas criações no CLYART; enfim, todos os nossos espaços estarão abertos às valiosas contribuições de nossos talentosos amigos. Então, fiquem ligados porque a partir de fevereiro, a qualquer momento poderá pintar uma das publicações especiais de 10 anos do ClyBlog. Posso garantir que vem coisa muito legal por aí.



2019
"Meia-Noite: Contos da Escuridão" -E 2019 ainda está na metade e já temos coisa boa: assim como em 2016, a pareceria se repete e Daniel e eu integraremos juntos novamente uma antologia de contos. Fomos recentemente selecionados para a coletânea "Meia-Noite: Contos da Escuridão", do selo Fantastic da editora Autografia, e teremos uma história arrepiante de cada um na publicação que será lançada daqui a alguns dias, na Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Além do aniversário, mais um motivo para comemorar.
Abaixo, matéria publicada no site Literatura RS sobre nossa participação na publicação.


Irmãos integram coletânea de contos de editora carioca
Dois autores gaúchos, os irmãos Daniel Rodrigues e Clayton Reis, foram selecionados para integrar a coletânea de contos de terror Meia-Noite: Contos da Escuridão, publicada pelo selo Fantastic da editora carioca Autografia. Organizada pelo editor Frodo Oliveira, a obra contou com processo seletivo no qual concorreram autores de todo o Brasil. Dentre os contos selecionados, estão Clichês, de Reis, e O Monstro do Armário, de Rodrigues. O livro será lançado em sessão de autógrafos no dia 4 de setembro, às 13h30min, durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, no estande da editora (Pavilhão Verde, R32). Na ocasião, ambos os autores estarão presentes. (...) Leia mais...



ClyBlog 11 anos
Obrigado a todos os seguidores, amigos,
colaboradores e parceiros
que participam, visitam ou nos acompanham
nestes 11 anos de existência.




Cly Reis

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Lana Del Rey - "Born To Die" (2012)




Acima a capa original e,
abaixo a da edição especial dupla.
"Escolha suas últimas palavras,
 esta é a última vez
Porque você e eu,
nascemos para morrer."
da letra de
"Born to Die"



Ela é uma espécie de versão feminina de Morrissey. Muita gente vai achar que não tem nada a ver mas sempre que a escuto pessimista, trágica, dramática, exageraaada... e com uma certa quedinha pelo retrô, não consigo deixar de associar os dois. Ela não escreve como ele, é verdade, ainda que também tenha a língua afiada e tenha lá seus momentos com tiradas precisas e venenosas. Talvez até tenha mais talento vocal, mas, cá entre nós, mesmo já tendo conquistado uma boa legião de seguidores, precisa percorrer uma longa estrada para chegar no nível quase lendário do ex-vocalista dos Smiths. Meio diva anos 60, meio Madonna, meio dark, meio bad girl, o interessante é que, embora seja muito contestada por conta de seu alavancamento profissional, via internet, essa garota de preferências vintage, de certa forma se encaixa num espaço deixado pela geração pós-punk que oferecia, assim como ela, um pop carregado de melancolia. Não é a mesma geração, é verdade, mas o fato de sempre existirem corações sombrios e almas torturadas faz com que tanto um Morrissey, há trinta e tantos anos, quanto uma Lana Del Rey, agora, sejam ouvidos e compreendidos da mesma maneira. "Born To Die" até não é o melhor trabalho da norte-americana, posteriores como "Ultraviolence" e "Lust for Life" trazem progressos em vários aspectos em relação ao primeiro, mas este disco em especial parece representar essa identificação destes espíritos melancólicos com uma nova "representante", mas também por parte de "viúvas" do gótico, com alguém que, de certa forma, depois de algum bom tempo, fazia algo que ia mais ou menos no mesmo caminho que seus ídolos dos anos 80.
Com batidas eletrônicas e samples, num trip-hop que por vezes lembra o Portishead (menos bem acabado e menos fantasmagórico), linhas de teclado normalmente dramáticas e solenes, letras sombrias e sarcásticas sobre rompimentos, drogas, álcool, bad boys e tragédias, com vocais chorosos e líricos, Lana Del Rey oferecia com "Born to Die" um cartão de visitas altamente revelador de suas intenções artísticas e que justificava sua aceitação tanto pelo grande público quanto por alternativos. O disco em determinados momentos acaba soando meio uniforme e perde força na segunda metade mas mesmo assim muita coisa vale ser destacada. A faixa-título, por exemplo, com sua entrada grandiosa de cordas, lembrando aberturas de filmes antigos carrega todo o componente dramático que o trabalho de Lana pretende conter. A balada "Video Games", densa com sua parede de teclados, sua batida militar e vocal arrastado é outra que merece destaque. "Dark Paradise" que mescla toda uma morbidez com elementos pop mais leves que aliviam seu clima pesado; "National Anthem", bem hip-hop com vocal multiplicado como se cantado em coro; a dramática "Carmem" de excelente performance da cantora; e a ótima "Million Dollar Man", uma das minhas preferidas, uma balada de clima meio western, meio cabaré (ou as duas coisas juntas) são alguns dos grandes momentos do álbum. Num disco predominantemente lento, pesado, para não dizer que não tem nada "animado", "Diet Mountain Dew" cuja melodia vocal e combinação da letra lembram "Paradise City" do Guns'n Roses, "Summertime Sadness", de refrão grudento e o hit "Off The Races" são momentos um pouco mais embalados. A versão deluxe do álbum traz ainda mais três faixas, entre elas a ótima e sensual "Lolita", um pop mais agressivo com uma batida eletrônica bem intensa, ecos e um sample alucinante; e um relançamento do disco em versão dupla, chamado "The Paradise Edition", traz mais oito faixas, bastante boas, diga-se de passagem, sendo um delas uma versão de "Blue Velvet", que fez parte da trilha e deu nome ao filme de David Lynch.
Um dos bons discos da segunda década do século XXI, ao que parece, ao contrário do que vaticinaram muitos críticos que na época de seu lançamento, "Born To Die" não cumprirá a profecia de seu título e, se depender da já grande legião de fãs e admiradores, o álbum, um dos novos clássicos da música pop, está sim, fadado à eternidade.

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FAIXAS:
1. Born To Die
2. Off To The Races
3. Blue Jeans
4. Video Games
5. Diet Mountain Dew
6. National Anthem
7. Dark Paradise
8. Radio
9. Carmen
10. Million Dollar Man
11. Summertime Sadness
12. This Is What Makes Us Girls


Deluxe Edition
13. Without You
14. Lolita
15. Lucky Ones


The Paradise Edition
disco 2
1. Ride
2. American
3. Cola
4. Body Electric
5. Blue Velvet
6. Gods & Monsters
7. Yayo
8. Bel Air

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Ouça:
Lana Del Rey - Born To Die + The Paradise Edition


Cly Reis

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Música da Cabeça - Programa #72


O adeus de uma rainha, a celebração a outra. Assim foi com a despedida a Aretha Franklin, a Rainha do Soul, e os 60 anos da Rainha do Pop, Madonna, fato que marcou a semana e que marca a edição do nosso programa desta quarta-feira. Programa que ainda tem a rivalidade sadia dos ícones do rock Rolling Stones, Beatles e Beach Boys. Não tem como não ser legal. Mas lhes digo: tem mais ainda! Que tal, então, completar com Johnny Cash, Alceu Valença, Carl Orff e outras coisas? É motivo de sobra pra não perder o Música da Cabeça de hoje, às 21h, na Rádio Elétrica. Produção e apresentação: Daniel Rodrigues.


Rádio Elétrica:
http://www.radioeletrica.com/

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Copa do Mundo Madonna - Grande Final


E chegamos ao grande momento!
Ao momento tão esperado.
Teremos a decisão Copa do Mundo Madonna. Frente a frente, Vogue, canção do álbum "I'm Breathless", trilha sonora do filme Dick Tracy, de 1990; e Music, faixa que dá nome ao disco do qual faz parte, do ano de 2000.
Vogue, para chegar à decisão, tirou Miles Away, na primeira fase; Secret, na segunda; e depois três faixas do álbum "Erotica" na sequência, Fever, nas oitavas-de-finais, Erotica, nas quartas e Deeper and Deeper na semifinal.
Music, por sua vez, eliminou Get Together na primeira fase; Borderline, na segunda; True Blue nas oitavas; Justify My Love nas quartas-de-final e na semifinal, Into the Groove. 
Como pode-se perceber, o caminho para a final não foi nada fácil. Mas agora, como será o confronto das duas? Nossos técnicos-comentaristas-especialistas decidirão quem fica com a taça. 
Que comece a decisão...

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VOGUE
X
MUSIC


Cly Reis: E as equipes estão em campo. Vai começar mais uma final. Duas equipes de respeito. Dois grandes times. E a bola está rolando. Logo de início, aquela introdução "Hey Mr. DJ, put a record on... I want dance with my baby" já garante um gol relâmpago e Music sai na frente. Mas Vogue é time grande e logo na saída de bola, com aquele seu clássico "Strike a pose", empata rapidinho. Jogada manjada mas que o adversário não soube conter. O jogo segue igual, duas equipes ofensivas, de ritmo pra frente, que jogam em busca do gol. O refrão de Vogue é fantástico, um dos mais emblemáticos da carreira da cantora, e garante o 2x1; mas o de Music não fica pra trás e empata novamente. Que jogo, senhoras e senhores!!!
Depois dos respectivos refrões, começa o segundo tempo e o andamento de Music acelera imitando Trans-Europe Express do Kraftwerk e aí é bola na rede! Music toma a frente no placar novamente. Mas por pouco tempo porque aquele andamento dançante elegante de Vogue põe tudo de novo em números iguais. 2x2. 
A listagem dos astros de Hollywood é um golaço de Vogue, 3x2; e aquela ênfase final logo em seguida, até a "lacração" com aquele "VOGUE" ecoado, garante mais um no placar. 4x2. Mesmo marcando mais um golzinho com aquela finaleira cheia de evoluções eltrônicas de seus excelentes DJ's produtores, Music não consegue empatar e o placar fica nisso mesmo: Vogue 4 x Music 3. Um confronto digno de uma final de Copa do Mundo.
VOGUE, para mim, é a Campeã da Copa do Mundo Madonna.

Eduardo Almeida: Hey, Mr. DJ. Se fosse na Copa do Mundo dos Smiths, você seria enforcado, mas nessa final você é a estrela. Dois times fortíssimos. Competentes ao extremo pra fazer a torcida dançar e festejar. As firulas das movimentações da equipe de Vogue surtem efeito logo de cara: 1 x 0. Music parte para o ataque, pressiona com uma cadência maravilhosa, muda o ritmo, mas Vogue toma a bola, gira pra cá, gira pra lá e marca o segundo.Parece um jogo de ataque contra defesa. Vogue não se abate. Leva tudo na malemolência e sacramenta o placar com mais um belo gol. Agora é só posar pra foto com a taça, que sairá nos jornais no dia seguinte. "STRIKE A POSE".
Final: Vogue 3 X O Music
VOGUE vence.

Iris Borges: Vogue ganha pq é onde Madonna se consagra agradando todos os públicos, onde toca o povo dança e se bobear faz a coreografia.
Music é música de divulgação de disco por mais que Madonna tenha tentado ser moderna, embala mas se mudar a música no meio da pista não faz diferença. Toma!
VOGUE vence.

José Júnior: E chega a grande final. VOGUE x MUSIC. O juiz apita, a bola rola em campo. Music chegou à final com sua disco music, levantando a torcida e chamando pra pista, unindo as pessoas. Vogue carrega uma personalidade ímpar, com dribles orquestrados, passes perfeitos, como em suas poses. Chega o final do jogo, por 3x1 o time vencedor para e pergunta: "What are you looking at?". A torcida vai à loucura.
VOGUE é campeã!

Daniel Rodrigues: Bola rolando para a final da Copa Madonna! Em campo, a tradicional “Vogue” com o retrospecto de eliminar as melhores músicas do melhor disco da cantora, “Erotica”. Do outro lado, “Music”, a melhor canção pós-“Bedtime Stories” e uma surpresa no campeonato. Jogo difícil no início, com oportunidades para os dois lados, haja vista que são times ofensivos. Faltou só capricho no último toque. O primeiro tempo ficou assim, sem ninguém abrir o placar. Na etapa decisiva, o favoritismo e a camisa de “Vogue” fizeram a diferença. Impondo seu bem armado, meteu um aos 10 min. Aos 18 min, o segundo. Depois, fechou a defesa e segurou o ímpeto de “Music” até o final. Com placar clássico como a própria...
VOGUE se sagra a campeã da Copa Madonna!


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VOGUE
CAMPEÃ DA COPA DO MUNDO
MADONNA



segunda-feira, 18 de junho de 2018

Copa do Mundo Madonna - Os finalistas


Já são conhecidos os finalistas da Copa do Mundo Madonna. E o título, com certeza, estará em boas mãos independente de quem conquistá-lo. Duas grandes canções, dois clássicos. A emblemática "Vogue", uma música que quase se mistura à imagem da própria cantora sendo uma dos títulos mais marcantes da música pop em todos os tempos; e a embaladíssima "Music", uma das melhores composições do repertório de Madonna, que explora os elementos de dance-music com maestria tornando-a irresistível para as pistas de dança. 
Apesar de todos os méritos e qualidades das duas não foi fácil chegar à final. Para chegar até aqui as duas tiveram que percorrer um longo e árduo caminho e derrubar outras gigantes como elas. Vamos então recapitular os adversários que estiveram no caminho das nossas duas finalistas e comparar quem teve mais dificuldades e ainda, para ajudar na difícil decisão de quem deve levar o caneco, ouvir as duas e analisar time por time: composição, ritmo, vocal, produção, clipe, figurino... Tudo que possa ser levado em consideração e ajudar a definir o grande campeão.


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VOGUE

primeira fase: Miles Away
segunda fase: Secret
oitavas-de-finais: Fever
quartas-de-finais: Erotica
semifinal: Deeper and Deeper




vs.



MUSIC

primeira fase: Get Together
segunda fase: Borderline
oitavas-de-finais: True Blue
quartas-de-finais: Justify My Love
semifinal: Into The Groove