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domingo, 17 de dezembro de 2023

Exposição "Mangue e Beats - Bioma, Sociedade e Cultura" - CRAB Sebrae - Praça Tiradentes - Centro _Rio de Janeiro / RJ



Estive, há duas semanas atrás, de semana passado na feira de Natal do núcleo de artesanato do Sebrae, na Praça Tiradentes, no Centro do Rio, e, enquanto a feira e os shows ocorriam ao ar livre, no interior do prédio da CRAB Sebrae, o Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro, algumas exposições muito legais rolavam. Uma delas focando no Mangue Beat, movimento cultural acontecido em Pernambuco, no início dos anos 90, que explorava diversas formas de manifestações culturais de uma galera antenada do Recife, mas que destacou-se, especialmente, pela música, tendo como mais notáveis representantes Mundo Livre S.A. e Chico Science & Nação Zumbi. A exposição em questão, "Mangue e Beats - Bioma, Sociedade e Cultura", apresenta, além de peças,  fotos, elementos que remetem diretamente à cena musical, itens criados em função do movimento, artes inspiradas no conceito e na música que ditava o ritmo daquela turma inquieta e criativa. Tudo em salas ambientadas ao som de Chico Science e Nação Zumbi.
Acessórios pessoais como brincos, , esculturas, pinturas, figurinos, decorações, tudo traduzindo um pensamento coletivo sobre onde se vive, como se vive, as pessoas que habitam aquele contexto, suas dificuldades, seus costumes e raízes.
Exposição curtinha, bem enxuta. Mais focada, mesmo, no artesanato, nos acessórios cotidianos dos fãs, nos apetrechos, etc., mas superbacana, sobretudo, muito instigante para os admiradores das bandas de Recife, especialmente a Nação Zumbi, liderada pelo saudoso Chico Science, e para os que, como eu, entendem que o Mangue Beat fora, depois da Tropicália, o mais importante movimento musical é cultural ocorrido no Brasil.

Seguem abaixo algumas imagens da exposição: 

Painel gigante, logo na entrada, com foto da 
mais importante banda do cenário Mangue Beat,
Chico Science & Nação Zumbi

Uma visão geral da sala de exposição
com alguns acessórios e itens de vestuário.

Tradição e modernidade se misturavam no conceito do movimento.

Designers criaram itens que representavam e traduziam a ideia 
do que se estava fazendo naquele momento.


Mais um exemplo da produção de itens que
marcavam a identidade do Mangue Beat

Acessório que é a cara do Mangue Beat.
Bolsa em forma de caranguejo


O artesanato nordestino compondo a escultura "La Ursa Colorida",
escultura do arista Gildo da Silva Oliveira. 

Traje de dança inspirado no figurino 
utilizado no videoclipe da música "Manguetown"

Belíssima peça "Caranguejo de Metal",
do artista José Carlos Soares da Silva

Mais um caranguejo, este em madeira
utilizando troncos e galhos.

"Recife / cidade do mangue/ onde a lama é a insurreição(...)" *

Caranguejo no Mangue,
escultura em madeira, na saída da exposição.

"Onde estão os homens-caranguejos?" *
Ó um deles aqui.
 


* versos da canção "Antene-se"
de Chico Science & Nação Zumbi

*********

exposição "Mangue Beat, Bioma, Sociedade e Cultura"
local: CRAB Sebrae (Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro)
Praça Tiradentes, 69 - Centro - Rio de Janeiro - RJ
período: 28 de fevereiro de 2024
visitação: de terça a sábado, das 10h às 17h
ingresso: gratuito


por Cly Reis


segunda-feira, 14 de agosto de 2017

ARQUIVO DE VIAGEM – Recife Antigo - Recife/PE – 06/08/2017



A galera na noite recifense em meio aos sons,
cheiros e sabores da cidade
Esta publicação pode-se dizer a primeira sobre Recife, mesmo que eu ainda não tenha a data de quando saem as próximas. Que serão quando voltar à cidade como turista. Viajando a trabalho, em menos de 24 horas que estive na terra de Chico Science, posso dizer que meu encantamento extrapola o simples agrado de se conhecer uma nova cidade. É, sim, identificação. Uma identificação que já supunha, haja vista conhecer pernambucanos queridos e por minha admiração de muito ao que a capital pernambucana e o estado como um todo sempre trouxeram – de Mangue Beat a Clarice Lispector, de João Cabral de Melo Neto a Frei Caneca, de Miguel Arraes a Naná Vasconcelos.

O que deu pra ver nas parcas horas livre que tive, basicamente, a noite de um domingo, foi um pouco da noite no Recife Antigo. Onde tudo começou. Mas quando digo tudo, é tudo MESMO, pois lá está, à beira da Baía do Pina, o Marco Zero, ou seja: onde essa “bagaça” chamada Brasil foi descoberta pelos portugueses. Não que não tivessem os índios aqui já, por direito mais brasileiros que qualquer um, mas é fato que, a partir dali, daquele ponto, em 1500, que se desencadeou a nossa sinuosa e alegórica história enquanto nação.

Para um domingo, achei bastante movimentado, tanto no largo da Praça, com famílias, turistas, casais e gurizada, quanto, principalmente, na agradabilíssima Rua da Moeda, uma das mais célebres e antigas vias da cidade. Nela, o público que encontrei era bem novo, adolescente, diria. Imagino que os mangueboys e manguegirls, jovens e jovens adultos, devam dar as caras mais às sextas e sábados à noite... Enfim, a Rua da Moeda é um misto de Lapa carioca com Cidade Baixa porto-alegrense com Pelourinho soteropolitano e Cidade Velha de Belém. Um rock anos 80 rolando num bar e um forró no do lado, ambos a plenas caixas, gente falando, bebendo, namorando, pedintes, policiamento ostensivo, cachorros vira-latas. Um barato.

Como disse, a passagem foi rápida e não deu para registrar muita coisa. Fica aqui, entretanto, um pouco das fachadas, da arquitetura, da atmosfera que une história e contemporaneidade. Mistura que, ao que deu pra notar mesmo com poucas horas de convivência, é a cara de Recife.

Podes deixar, que eu volto logo.

Galera concentrada na Rua da Moeda: estátua do malungo, tal qual Chico Science

Um dos bares clássicos do local, o Novo Pina

A Rua da Moeda com seus casarios estilo português

Pelas ruas do Recife Antigo

As ruelas históricas, esta, entre o Shopping da Alfândega e a Igreja da Madre de Deus

Mais do clima noturno do bairro

Prédios históricos conhecidos do cartão-postal da cidade

Quem nunca prestou atenção nesses prédios de estilos diferentes nas transmissões do Carnaval?

Muita gente na noite de domingo no Marco Zero

No Marco Zero em direção à Baía do Pina

Os movimentados bares ao lado da Praça

Como em todo Centro antigo, os cuscos têm que estar presentes

O beijo - um dos

Pela luz e pela cena, dá pra dizer que é um momento Edward Hooper recifense

por Daniel Rodrigues