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sábado, 18 de novembro de 2017

"Thor: Ragnarok", de Taika Waititi (2017)



"Thor: Ragnarok" é um grande barato! É verdade que se afasta da linha que a Marvel vem montando em seu universo cinematográfico, não contribui muito para as amarrações que a produtora costuma encaminhar entre um filme e outro mas nada disso importa muito n fim das contas. O novo Thor é divertidíssimo, empolgante, tem cenas de tirar o fôlego e outras de cair o queixo. A parte técnica é impecável, o que garante momentos e cenários impressionantes.
Chris Hemsworth parece muito à vontade com esta nova situação de seu personagem, descontraído, cheio de tiradas e piadinhas, bem como Mark Ruffalo, fazendo seu melhor Hulk, para mim, até agora. Jeff Goldblum como Grão-Mestre está impecável e encantadoramente caricato, e Cate Blanchett, embora desperdiçada enquanto talento num papel que não lhe exige muito em interpretação, é muito bem aproveitada enquanto presença e imposição, fazendo uma Hela, irmã renegada de Thor, muito convincente e majestosa encarnando muito bem a vilã, cujos  cabelos pretos que lhe caíram muito bem e um figurino sexy sem ser apelativo fizeram com que ficasse diabolicamente sedutora.
O confronto Holk vs Thor é
um dos grandes momentos do filme.
O roteiro tem alguns defeitos, alguns problemas como a subvalorização do Ragnarok, profecia do fim de Asgard, que não somente ilustra o título do filme como aparece com destaque na primeira sequência e depois é abandonada e esquecida até ser lembrada, assim, meio que como quem acha uma moeda no bolso, lá pelo final do filme. Mas em meio à revelação da tragédia profética pelo demônio Surkur e de seu resgate no epílogo, o velho Odin morre e sua morte liberta sua filha, até então desconhecida por Thor e seu irmão adotivo Loki, exilada por conta de sua fúria assassina incontrolável. Ambiciosa e ferida, Hela, a Deusa da Morte quer conquistar Asgard e de lá, utilizando o Bifröst, portal para os demais reinos, expandir seu domínio de destruição. em mais uma mancada de Loki, ele abre a passagem para Asgard, Hela aproveita o vacilo, entra e ao tentarem detê-la, durante a viagem, Thor e Loki são jogados para fora do túnel interdimensional caindo ambos num planeta lixão repleto de portais e passagens par outros locais do universo, governado pelo Grão-Mestre que se diverte promovendo lutas em sua arena de gladiadores. Thor, enfraquecido sem seu martelo destruído por Hela, é capturado facilmente e colocado no ringue para enfrentar o lutador do Grão-Mestre, nada menos que o Hulk, idolatrado no planeta como o grande campeão das lutas. Aí já viu, né? É loucura total.
Talvez o descompromisso com o restante do arco Marvel tenha deixado "Thor : Ragnarok" mais solto, mais livre, quase como aquele número de quadrinhos avulso, que não tem relação direta com uma série ou uma trama mas que proporciona aquele prazer inesperado ao fã  de HQ's. Se não é nenhuma obra-prima, nenhum graaande filme, Thor consegue ser interessante praticamente o tempo inteiro, seja pelo frenesi, seja pelas imagens, pelos personagens ou pelo humor, sem falar que nos proporciona algumas cenas memoráveis como a da destruição do martelo por Hela como se fosse um brinquedinho; a do embate do Rei do Trovão contra o Hulk na arena em Sakaar; e, especialmente, a cena da batalha na ponte Bifröst ao som de "Immigrant Song" do Led Zeppelin, algo simplesmente de arrepiar!

"Thor : Ragnarok" - trailer





Cly Reis

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