Curta no Facebook

quinta-feira, 16 de março de 2017

“Cantando na Chuva”, de Gene Kelly e Stanley Donen (1952)



Eu já tinha visto no Youtube as duas cenas mais icônicas de “Cantando na Chuva” (a clássica em que Gene Kelly dança e canta em meio a uma chuva feita de água e leite - sim, eu pesquisei - ou a cena hilária e mais exigente fisicamente de Donald O'Connor em que canta "Make 'em Laugh" em meio a piruetas e tombos). Mas, confesso, nunca tinha parado para assistir ao filme por inteiro.

Brega em alguns momentos, mas com um trabalho artístico impressionante, tem nos números de danças e na metalinguagem o seu forte. Afinal, um filme que fala sobre o início do cinema falado, cheio de referências ao próprio fazer cinematográfico pode render falas interessantes como "Não vou muito no cinema, se já viu um [filme], já viu todos". O que é surpreendente é que todas as canções de “Cantando na Chuva” (com exceção de duas) já tinham sido utilizadas em outras produções. Então, o roteiro foi construído ao redor das músicas, o que não dá pra perceber devido à organicidade da história.

Claro que há os exageros, os furos e uma ou outra canção não tão inspirada ou deslocada, mas o que me chamou atenção foi o empenho dos atores em todos os números. Quando fiquei sabendo que as veias dos pés de Debbie Reynolds estouraram com esforço num número de sapateado ou que Donald O'Connor precisou de um longo período de repousou depois da famosa cena, pensei que todos eles mereceram ser imortalizados por esse clássico.

E vocês achando que cantar e dançar era coisa fácil, hein?


A famosa cena dos tombos e piruetas de O'Connor que 
lhe rendeu uma boa canseira

por Luan Pires

Nenhum comentário:

Postar um comentário