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sábado, 5 de novembro de 2016

Cinema Marginal #7 - "Bang Bang", de Andrea Tonacci (1971)


Embarque neste táxi, e prepare-se para uma viagem muito louca. Vamos a um filme que desconstrói nossas noções de cinema, e espero que você esteja preparado.
Um homem, que durante a realização de um filme se vê envolvido em várias situações como o romance com uma bailarina espanhola, perseguições, discussões com um motorista de táxi e o enfrentamento com um bizarro trio de bandidos Este é um resumo rápido do que podemos pegar de "Bang Bang".
Seriam estes os personagens do filme?
Lá vou eu mais uma vez: não é um filme comercial, nele não há uma “narrativa”, não parece nem ter uma sequência lógica, às vezes fica a impressão que ele não passou pela fase de montagem, então se você quer um filme linear e com uma história para contar fuja deste filme.
Essa “falta” de “narrativa” dá uma liberdade para alguns experimentos, como colocar os telespectadores praticamente dentro do filme. em grande parte do filme a câmera está bem grudada aos personagens e em alguns momentos até parece ser um deles. Essa ferramenta nos prporciona ótimas cenas como na que um homem utilizando uma máscara de macaco faz sua higiene bucal em frente ao espelho e, ao fundo, através do reflexo do espelho, vemos uma câmera registrando tudo. Um filme realmente de cinema, onde o cinema literalmente está dentro dele. Há outras cenas, como, por exemplo, a do elevador na qual o homem que é sequestrado tenta fugir e é empurrado de volta para dentro não ficando claro se foi a câmera ou algum outro personagem que o empurrou.
É mais um mergulho no cinema experimental e inovador. Sem fórmulas, sem o maneirismo do cinema, mas sem deixar de ser cinema, ter romance, perseguições, tiros e mágica. História? Sim, tem... Se você desvendar toda a trama, por favor, me conte, se possível antes de levar uma tortada na cara.
Ainda tentando entender esses três patetas.




Vagner Rodrigues

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