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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

cotidianas #458




Ela era um arraso. Daquelas que dói olhar, sabe? Dói contemplá-la e não poder fazer nada. Era uma mulher digna do adjetivo "gostosa", dito de boca cheia. Gôs-tó-sa! E ele, sortudo, conseguira, depois de muito argumento e investimento, levá-la para seu apartamento. Quando ela surgiu de lingerie minúscula e marquinha de biquíni artificialmente confeccionada por aqueles sprays de estéticas localizadas no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, quase não se conteve, quase, como dizia na adolescência, estourou a champanhe. Mas não: se conteve. Logo se despiu. Logo a beijava loucamente, apertava, lambia, mordia todo seu corpo. "Bem-aventurados os poucos que podem desfrutar de momentos assim", pensava. No ápice, no clímax, enquanto se sentia o homem mais sortudo do mundo, ouviu Malu ronronar: "ai, Guto". Oi?, ele indaga enquanto cai para o lado. Quem é Guto?, pergunta Diogo.

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