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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

"À Procura", de Atom Egoyam (2015)
















Nem é um esporte que faz parte dos tradicionais jogos olímpicos mas já que estamos em um momento esportivo tão importante, queria destacar um filme que tem na sua ação um esporte que costuma aparecer com alguma frequência no cinema, muitas vezes em cenas isoladas, às vezes como um hobby de algum personagem,  como gran finale , mas poucas vezes como elemento central ou decisivo. Em "À Procura" (2014) do diretor egípcio naturalizado canadense Atom Egoyam, a patinação no gelo não é o tema principal mas ela é importante na origem da situação e é crucial para o desfecho da trama. Uma menina, uma jovem e talentosa patinadora, é sequestrada no carro do pai enquanto este havia descido rapidamente para comprar um bolo. A partir de então o desespero toma conta dele, da mãe, são feitas buscas, investigações e nem sinal da garota. Passam-se oito anos sem notícias da garota, o casal feliz antes do fato vê sua relação deteriorando-se pela depressão, culpa, acusações. Mas objetos pessoais da filha começam a aparecer no local onde a mãe trabalha como faxineira indicando que ela ainda estaria viva. Se durante todo esse tempo o pai, interpretado por Ryan Reynolds , que era visto até como suspeito, não perdia a esperança, agora com as novas evidências ele não descansará enquanto houver alguma chance de reencontrar a filha. A essas alturas, o espectador sabe que a garota, oito anos mais velha, já uma adolescente, está em poder de um homem que a utiliza em um site como isca para atrair outras crianças para uma rede de pedofilia.
Os pais, orgulhosos, assistindo a filha no ringue de patinação
antes do sequestro.
Bom diretor, tema relevante, válido, boa tensão, mas o filme é um tanto perdido. Além de uma série de pequenos defeitos e personagens mal resolvidos, mal caracterizados, caricatos, parece que o diretor teve algum receio ou limitação de levar o assunto que ele mesmo levantou um pouco adiante, o que poderia ter colaborado muito na qualidade final de sua obra. Neste momento olímpico que vivemos, esse vale mais por lembrar mais um esporte no cinema, que por sinal é modalidade apenas das Olimpíadas de inverno, mas cuja ligação da menina com ele e o papel importante que acaba desempenhando na solução do caso, de maneira muito sutil e inteligente, o torna minimamente interessante. No mais, filme fraco. Atom Egoyan já teve momentos melhores.





Cly Reis

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