Curta no Facebook

terça-feira, 17 de novembro de 2015

10ª Bienal do Mercosul - Porto Alegre/RS







Primeiras Impressões
por Daniel Rodrigues


Sem Título - Dudi Maia Rosa
Impus-me uma obrigação este ano: não perder mais uma Bienal do Mercosul. O evento acontece em minha cidade, Porto Alegre, de dois em dois anos e, mesmo com o declínio qualitativo de algumas edições, traz sempre coisas interessantes de serem vistas. Ou seja: trata-se de um acontecimento imperdível para qualquer apreciador de arte. Porém, não para um desleixado como eu – ou, ao menos, como fui de anos para cá. Após presenciar ativamente as duas primeiras bienais, marcos na minha formação ideológica, em 1997 e 1999, respectivamente, um pouco por falta de tempo, de cabeça, de planejamento e certo descaso, perdi todas as edições seguintes. Fora a terceira, que vi em parte, a quarta, quinta, sexta, sétima, oitava e a nona: sete ao todo, todas não visitadas! E pior: nesse meio tempo, em 2010, vi até a Bienal de São Paulo, mas a da minha cidade, vergonhosamente, não. Uma falta de respeito comigo mesmo.
Pois tomei vergonha na cara e decidi não deixar passar em branco mais uma Bienal do Mercosul, que vai até 6 de dezembro. Também, porque esta, ao contrário de outras que me pareceram bem desinteressantes, com o título “Mensagens de Uma Nova América”, parece estar muito legal. Valorizando a produção artística da América Latina, tenta retomar o espírito que motivou a criação do evento - as duas primeiras edições seguiam com afinco essa linha -, quando o Mercosul em si fazia-se uma promessa política maior do que se concretizou.
Quatro grandes campos conceituais compõem a Bienal: A Jornada da Adversidade, A Insurgência dos Sentidos, O Desapagamento dos Trópicos e A Jornada Continua. As mostras, assim, estão divididas por temas e seus respectivos espaços, sete no total: Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli – MARGS (“Modernismo em Paralaxe”), Memorial do Rio Grande do Sul (“Biografia da Vida Urbana”), Santander Cultural (“Antropofagia Neobarroca”), Usina do Gasômetro (“Marginália da Forma” / “Olfatória: O Cheiro na Arte” / “A Poeira e o Mundo dos Objetos” / “Aparatos do Corpo”), Instituto Ling (“Plataforma Síntese”), Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (Programa Educativo e a obra “A Logo for America”!, de Alfredo Jaar) e Acervo Independente (Projeto Colaborativo “Confesión - Cenário olfativo-acústico”, de Oswaldo Maciá). Ou seja: bastante coisa pra ver.
No entanto, ainda terei que me organizar para achar tempo hábil para tal. Por isso, à medida em que for conseguindo ir aos locais de exposição, vou também relatando aqui no blog. A conta-gotas, mas com o prazer de quem aprendeu a não desdenhar mais a arte com tamanha irresponsabilidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário