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quinta-feira, 4 de junho de 2015

“Pablo Escobar: Ascensão e queda do grande traficante de drogas”, de Alonso Salazar (Ed. Planeta)



Acabei de ler este livro, “Pablo Escobar: Ascensão e queda do grande traficante de drogas”, de Alonso Salazar (Ed. Planeta), que é uma bomba armada. Esse figurão está muito presente no submundo apesar de morto. Ele chegou a ser um dos homens mais ricos do planeta, e 80% da cocaína consumida nos EUA era fornecida por ele. Pablo era carismático e inteligente. Foi considerado o Robin Hood da Colômbia: ao mesmo tempo em que ajudava os pobres das periferias, matava juízes, políticos e suas famílias sem pena. Colocou bombas em carros, prédios e derrubou aviões matando centenas de pessoas inocentes. Formou seu próprio exército de assassinos, que tinha proteção política. Nunca usou drogas pesadas e fumava apenas um baseado por semana. Não bebia, era discreto com suas roupas mas extravagante em seus gostos por aviões, carros e mulheres.
Seguia sempre a filosofia de Don Corleone, tirada dos livros de Mario Puzo de quem era fã: jamais gritava com alguém, costumava escutar a todos com calma. Apenas uma coisa distinguia os métodos do Cartel de Medelín da Máfia Italiana: os Capos não matavam sem motivos aparentes. Escobar podia matar por diversão. Um dos maiores assassinos do mundo foi um “ótimo” pai e temia com respeito só dois seres neste planeta: sua mulher e sua madrecita.
Em tempos de debates relacionados à liberação das drogas o que mais me deixou reflexivo foi um comentário a seus "consiglieris" sobre o tal assunto. Enquanto ouviam músicas de Roberto Carlos (O "Rei" chegou a fazer show particular para Pablo), Escobar disse: "Em um país aparentemente civilizado quase todos grandes estão envolvidos no tráfico, começa na política, a alta sociedade as periferias, os artistas, as guerrilhas. O consumismo capital deixou eufóricos os manda chuva da 5ª Avenida, nossa demanda é grande. Eu temo que um dia tudo seja legalizado, aí estamos perdidos, Cali e todos nós no mesmo buraco, não viverei para ver isso legalizado, não viverei".




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