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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

"Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário", de Keichi Sato (2014)


Temos a jovem Saori Kido, reencarnação da Deusa Atena, que juntamente com os bravos cavaleiros de bronze, Seiya de Pégaso, Shiryu de Dragão, Shun de Andrômeda, Ikki de Fênix e Hyoga de Cisne, vão até o Santuário para que Saori possa ocupar o lugar de verdadeira Deusa Atena. Porém, a tarefa não será fácil, eles terão que passar pelas doze casas do zodíaco, que são protegidas pelos cavaleiros de ouro (cada casa representa um signo do zodíaco), os cavaleiros mais fortes. Para chegar até a sala do terrível Grande Mestre. O Grande Mestre é o homem que tentou matar Saori quando ela ainda era um bebê, para ficar no lugar de Atena como o ser mais poderoso do Santuário.
Enxuguei minhas lágrimas saudosistas para começar escrever este texto, por que esse desenho faz da parte da minha vida, foi algo importante (e continua sendo até hoje), para você que está lendo, pode parecer bobagem, mas fazer o que se eu gosto muito de Cavaleiros?
Apesar da ótima qualidade da animação, o longa sofre o prejuízo
de cair naquela comparação com a antiga série.
O anime (me refiro à saga das doze casas) tem muitos pontos altos, que são pouco trabalhados no filme, alguns eu entendo que tenham sido diminuídos, porque é um filme de 93 minutos, e a diminuição deles não afetou o meu relacionamento com o filme. Todo aquele drama em excesso que o anime tinha o filme tirou, e deu certo, o filme ficou dinâmico. Também modificaram alguns personagens, visualmente eles acertaram em cheio em tudo, a nova cara dos cavaleiros ficou bem legal, deu uma modernizada nas roupas, cabelos, o visual ficou perfeito. As armaduras ficaram lindas, elas tem peso, parecem ser feitas de bronze ou de ouro, o design esta incrível, só elogios às armaduras. Porém, os elogios às mudanças acabam aqui, por que não mudaram só o visual dos personagens, mas também mudaram a personalidade de um personagem importantíssimo, o coitado do Máscara da Morte de Câncer, que era um sádico assassino sanguinário (que matava até crianças), que no filme entendo que era um personagem pesado demais, já que o filme é para crianças, mas a mudança é drástica. Ele é um personagem bobo, com piadas forçadas, sua cena me deixou assustado, pensando para onde o filme estava indo, definitivamente desnecessário, muito ruim, mas felizmente o filme volta ao rumo normal. Se Máscara da Morte sofre por ter muito tempo de tela, o contrario acontece com Shaka de Virgem, Mestre Ancião e Ikki. Shaka contra Ikki foi uma das lutas mais fantásticas do anime, por que são dois personagens muito fortes, Shaka é cavaleiro mais próximo de Deus, ele tem palavras sabias, neste longa ele não faz nada, fica caminhando com a mãozinha na frente do peito de um lado para outro e não faz nada, nem “KHAAAN”, ele grita, e o Ikki coitado, aparece algumas poucas vezes, bem rápido e já sai de tela, ele não tem importância nenhuma no filme, e o Mestre Ancião, ele nem aparece, nossa, isso é imperdoável (#chateado).
Ainda emocionante para os saudosistas fãs da série.
Resumindo, é um filme bem caprichado, uma animação impecável, os efeitos são grandiosos, as batalhas (apesar de poucas) são bem feitas, um parabéns para a equipe de montagem, que conseguiu dar um ritmo legal ao filme, como espectador, recebendo varias informações, assistindo lutas, tudo ao mesmo tempo, você não fica perdido, por que os cortes são bem executados, as cenas duram o tempo necessário para passar informação (exceto a cena do Mascara da morte, essa dura tempo de mais), como fale tiraram o drama, não tem Seiya chorando por Seyka, Hyoga chorando pela mamãe, Shyriu chorando pela Shunrei, Ikki chorando pela Esmeralda, que no anime funciona, mas para fazer UM filme, não tinha como colocar tudo isso, então o roteiro foca mais no relacionamento Seiya e Saori. Não que drama do anime seja ruim, mas tem alguns que são exagerados, como o drama de Aiolia de Leão, que sofre, por seu irmão Aiolos de Sagitário (já falecido) ser conhecido como homem que traiu Atena ,isso e mostrado o tempo todo no anime, e fica um pouco cansativo. Há outros que seriam necessários, eu mesmo senti falta da busca pelo sétimo sentido, dos cavaleiros de Bronze sofrendo para elevar o cosmo para passar pelas Doze casas, que no longa parece ser bem fácil chegar no sétimo sentido, também senti falta daquele relacionamento de irmãos que eles tem (isso fica muito mais claro no mangá), a amizade bela que nos é mostrado no anime, eu acho que seria bom ser mostrado (incluindo a bela demonstração de amizade na casa de libra).O filme não fala de onde eles vieram, como ganharam as armaduras, as únicas informações de que temos sobre os cavaleiros é aquela explicação que Tatsumi dá para Saori no começo, e depois quando Seiya conta um pouco de seu passado para a mesma Saori. O grande destaque vai para o excelente trabalho da dublagem do estúdio Dubrasil, nossa é de chorar quando você ouve os personagens gritando os nomes dos golpes, um trabalho exemplar, que agiganta o filme.
O resultado final é um filme divertido, mas que não agrada, muito por nossa culpa (isso mesmo, minha e sua) que assistimos o anime, e ficamos comparando o longa ao desenho, por isso as falhas se destacam mais que os aspectos positivos, o nosso sentimento saudosista é muito forte. Se eu nunca tivesse assistido Cavaleiros antes talvez eu gostasse mais do filme, por que ele tem um visual de vídeo game, e o ritmo dos filmes de ação atuais, mas eu já conhecia Cavaleiros de outros carnavais, e o anime mesmo com algumas falhas, continua perfeito, achei a ideia de fazer um longa boa, mas como fã chato, não gostei do resultado final, parece que faltou algo, o filme não atingiu o sétimo sentido.
Então vista sua armadura, eleve seu cosmo, e vá assistir o filme, não por mim, mas ...POR ATENAAAAAA!!!!!!!!!!

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