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segunda-feira, 16 de julho de 2012

The Smiths Cover / The Cure Cover - Rio Rock and Blues Club - Lapa - Rio de Janeiro (14/07/2012)



Smiths Cover detonando
(de novo)
O evento que se anunciara era tudo o que eu podia querer em matéria de entretenimento na noite carioca, num lugar pra lá de bacana: The Smiths Cover, banda que eu já conhecia, de comprovada competência e The Cure Cover, para mim uma incógnita que guardava, no entanto, boas expectativas, embora com uma ponta de desconfiança por considerar o Cure um grupo um tanto peculiar, com um vocal muito característico e detalhes técnicos muito significativos. Arriscado.
Assim, fui então ao Rio Rock & Blues Club no último sábado mais com a curiosidade de ver o cover do The Cure do que propriamente por rever os Smiths, que teoricamente não teriam nada de novo para apresentar em relação ao que eu havia visto antes.
E, no tocante aos Smiths, era verdade. Não tinham nada de novo. Nenhuma novidade... Mas por incrível que pareça estão cada vez melhores e conseguem fazer com que mesmo depois de tê-los visto várias vezes, o show ainda seja atraente, surpreendente e vibrante. “Handsome Devil” foi matadora; “This Charming Man” espetacular; “There’s a Light tha that Never Goes Out” emocionante; “Barbarism Begins At Home” absolutamente bem executada com o baixista João Ricardo esmerilhando nas quatro cordas; e o guitarrista Eric Marr absolutamente perfeito inclusive nas mais ‘encrespadas’ como “Girl Afraid” e “Still Ill”, sem falar na execução impecável de “How Soon is Now?”. Pensei que não pudessem mais me empolgar, que simplesmente seria mais um showzinho cover mas me enganei. Agradável engano.
O "Robert Smith" genérico do fraco
The Cure Cover
Já para o tal cover do The Cure não posso tecer elogios com o mesmo entusiasmo. Aliás parece que eles não demonstravam entusiasmo. Ah, dirão “mas o The Cure não é uma banda que se possa chamar de animada”. Sei. Não é disso que estou falando. Estou falando de tesão, vibração, presença de palco. E quanto a isso, não se viu nada.
Pra não dizer que não vi nada de bom, o baterista foi o único que se salvou, começando o show, inclusive com a difícil “Hanging Garden”, mantendo regularidade impressionante naquela batida complicada. Já o nosso “Robert Smith” era extremamente fraco. Não exijo que TENHA a voz do seu homenageado, mas um cantor que pretenda fazer cover, na minha opinião, tem que ter alguma semelhança de timbre, tem que tirar algum elemento característico da interpretação do original, ou no mínimo colocar alguma empostação que remeta o ouvinte àquele que pretende imitar. Se não não é cover. É uma banda tocando a música de tal banda e aí tá cheio dessas na noite, dessas que tocam hits dos anos 80 e que certamente vão tocar “Boys Don’t Cry” provavelmente melhor do que eles.
Mas não ter essa identidade vocal não teria sido nada se não fosse o fato de que parecia que não tinha vocal. A voz não saía. Não sei se o cara tava tímido, se o som estava ruim, se ele estava bêbado (volta e meia entornava uma garrafa de vinho que estava ao seu lado no chão) mas o fato é que não cantava. Sem falar na peruca... Não precisava! Ficaria muito mais 'honesto' sem o cabelo espetado de Robert Smith. Ficou mais caricatural ainda.
E a baixista? O que falar da baixista? Nossa!!! Acho que se ela pudesse estar em casa de pantufas ela estaria, mas tenho certeza que ela gostaria de estar em qualquer lugar menos ali. Rigorosamente fria, sem sangue. Não exigia que ela fosse agitada como o baixista do Cure, Simon Gallup, mas a apatia dela se refletia nas suas execuções que ficavam absolutamente mecânicas e automáticas. Só se salvou o batera mesmo que, além da já citada, “Hanging Garden”, mostrou serviço em outras como “A Forest”, “Killing Na Arab”, “10:15 Saturday Night”.
Devo admitir que fui embora antes do final. Não tive paciência para agüentar aquilo ali tão sem alma. Mais uma vez, a noite valeu pelo The Smiths Cover que não deixou nada a desejar. Esses sim, me provaram que, por mais que já tenha assistido várias apresentações deles, sempre vai valer a pena ir vê-los de novo.



Cly Reis

8 comentários:

  1. "Não exigia que..." afinal de contas quem é vc pra exigir algo? se você estava no show pode saber que tiveram problemas técnicos na qualidade do som (volume), a questão do espaço com mesas atrapalhando o acesso entre outras coisas. Se vc entende de voz saberia que o uso do vinho é apenas para aliviar a voz e não para se embebedar como vc insinuou...pelo visto o seu intuito aqui foi apenas denegrir a imagem de uma banda que vem lutando pra fazer sempre o melhor , divulgar seu trabalho e ao mesmo tempo fazer o que mais gosta: Cantar. Você faz o que? pelo seus comentários percebi que você não curte nem mesmo o THE CURE, então não se pode esperar que você curta uma banda cover. Não queira fama através do trabalho dos outros. Se falo isso é porque tenho acompanhado o trabalho da banda. Portanto não critique aquilo que você não gosta, pois você não é obrigado a gostar.

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    1. Quem eu sou para exigir?
      Mais um dos espectadores que pagaram ingresso e portanto em condições, no mínimo, de esperar por um espetáculo à altura do que esperava e que, com todos os mesmos problemas técnicos e o mesmo espaço apertado os Smiths Cover conseguiram proporcionar.
      Ao contrário do que imagina, Rosy, gosto tanto de Cure que tinha uma expectativa enorme para ver um bom cover da minha banda favorita, mas isso não aconteceu infelizmente e como sempre faço aqui no blog, comento sobre a exposição, show, jogo, peça, espetáculo que fui assistir. Falo cosas boas quando os elogios são merecidos e exponho minha crítica quando não gosto. Só que gosto de colocar mesmu motivos, senão fica aquele 'não gostar por não gostar e pronto' e não é por aí. E os motivos que me fizeram não gostar do show do Cure Cover foram os que expus. Se els não fizeram diferença para você, que bom. Que bom que pra você o show tenha sido legal. Pra mim não foi.
      Fama, Rosy? Fama? Isso é um blog particular. Feito pros amigos, pessoas próximas e para interessados eventuais. Não tem alcaaaaance. Não tô querendo chegar a cronista dOGlobo com minhas críticas. Mas não gosto de ficar em cima do muro, com eufemismos e nem com emias palavras.
      Ah, e quanto a curtir uma banda cover: curti tanto os Smiths Cover quando fui vê-los da primeira vez (e nem os conhecia) que escrevi uma resenha de tal modo entusiástica, relatando o que aquele show (naquele mesmo espaço, ali embaixo, apertado, perto do bar) havia causado em mim, que de certa forma impulsionou a carreira deles na cidadee os fez voltar à casa no palco principal, como o prórpio Roberto, vocalista da banda admite e sempre faz questão de me lembrar.
      Nada contra a banda que você acompanha, rosy. Só não gostei do show. Só não gostei.

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  2. Como fã de The Smith desde da primeira vez q vi a banda cover {Smith cover Brasil}fiquei impressionada com tal..com tamanho desempenho gostei muito ,portanto tenho ido ver os shows sem achar fatigante e repetitivo..mesmo depois de algumas vezes consigo achar magnífico...enfim é dessa vez no dia 14/07,não foi diferente fui empolgadíssima,já q teria dose dupla de covers Smith e Cure,mas para minha surpresa a banda cover {The cure}deixou a desejar em muitos aspectos,á começar com o cover do ícone{ Robert Smith}todos sabem q o verdadeiro Robert é centrado nos temas de depressão, solidão, isolamento e perda.E essa é a desculpa para um show desmotivado,a baixista parecia estar com tanto sono quanto eu,na minha opinião esse pessoal podem ser chamado de um grupo q curte THE CURE e resolveu cantar ,agora :COVER!!FALA SÉRIO!!

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    1. Perfeito, Patrícia.Falou tudo.
      Concordo plenamente.

      Valeu pelo comentário.

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  3. É... Muitos falam, poucos fazem. rs

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  4. É... e pra fazer às vezes não basta vontade e boas intenções, tem que ter um pouquinho de talento.
    Por isso que alguns que até gostariam de fazer, não fazem.
    Mas esses tem um pouco mais de autocrítica.

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  5. BOM ,PRA FAZER MAU FEITO É MELHOR NEM FAZER!!

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